Conexão perdida. Por favor atualize a página.
Conectado
Contato Como estudar Entrar Cadastrar
A plataforma nº 1 para aprender anatomia
6.159.885 usuários em todo o mundo
Sucesso em provas desde 2011
Ajudando estudantes da área da saúde
Revisado por especialistas médicos
1.410 artigos, testes e vídeos

Paladar

Objetivos de aprendizagem

Ao completar essa unidade de estudo você será capaz de:

  1. Explicar como substâncias químicas dissolvidas na saliva ativam os receptores gustativos.
  2. Descrever o trajeto dos impulsos nervosos entre os receptores gustativos e várias partes do encéfalo.
  3. Identificar os cinco sabores primários e os mecanismos de transdução relacionados a cada um.

Introdução

O sabor dos alimentos é o resultado da integração de múltiplas informações sensoriais, que incluem o paladar, o olfato, sensações somatossensoriais (textura, temperatura), visão, etc. Há cinco sabores primários: amargo, doce, azedo, salgado e umami.

Quando o alimento é dissolvido pela saliva na cavidade oral, substâncias químicas conhecidas como substâncias gustativas interagem com células gustativas especializadas localizadas nos botões gustativos. Estas estruturas são encontradas nas papilas gustativas, localizadas na superfície da língua. Cerca de metade dos botões gustativos está nas papilas circunvaladas, no dorso da língua, enquanto as papilas foliáceas e fungiformes também contêm uma quantidade moderada desses botões.

Os botões gustativos são grupamentos de células epiteliais gustativas em forma de barril localizadas nas papilas. Há cinco tipos de células epiteliais gustativas.

  • Tipo I (de suporte): possuem função de suporte e possivelmente estão envolvidas na transdução do sabor salgado.
  • Tipo II (receptoras): realizam transdução dos sabores doce, amargo ou umami, dependendo do receptor que expressam.
  • Tipo III (pré-sinápticas): realizam transdução do sabor azedo.
  • Tipo IV (basais): células imaturas que se diferenciam em outros tipos celulares.
  • Tipo V (marginais): conectam células dos botões gustativos ao epitélio adjacente.

Quando a saliva se acumula no poro gustativo no topo de um botão gustativo, as microvilosidades das células epiteliais interagem com as substâncias gustativas dissolvidas na saliva. Células tipo II, que expressam famílias específicas de receptores acoplados à proteína G (GPCRs, do inglês G protein-coupled receptors), ligam-se às substâncias gustativas doces, umami ou amargas. Por outro lado, a detecção dos sabores azedo e salgado é iniciada diretamente a depender das concentrações intracelulares de íons. Essas vias intracelulares resultam em despolarização celular e liberação de neurotransmissores em nervos aferentes gustativos que entram pela lâmina basal.

As fibras gustativas aferentes cursam então através dos nervos glossofaríngeo (NC IX), facial (NC VII) e vago (NC X) para formarem sinapses no núcleo solitário rostral, no bulbo. A partir daí, a via central continua para o núcleo ventral posteromedial do tálamo para atingir o córtex gustativo primário, localizado na porção rostral da ínsula e no opérculo frontal. Nessas regiões encefálicas, as sensações gustativas são processadas e integradas com outras modalidades sensoriais no córtex orbitofrontal para a percepção de uma impressão geral do alimento.

Aprenda mais sobre a transdução gustativa com a videoaula abaixo.

Conceitos principais

Papilas

A transdução gustativa começa nas papilas encontradas na cavidade oral. Observe as imagens abaixo para relembrar a anatomia das papilas linguais.

Botão gustativo

O botão gustativo é o local onde os estímulos químicos são transformados em sinais elétricos (transdução gustativa). Diferentes tipos celulares estão envolvidos nesse processo.

Transdução gustativa

A transdução dos cinco sabores primários ocorre por mecanismos especializados. A galeria de imagens abaixo destaca suas principais semelhanças e diferenças.

Via gustativa

Os sinais gustativos da cavidade oral são transmitidos ao encéfalo por uma via aferente específica.

Teste seus conhecimentos

Verifique seus conhecimentos com o teste a seguir sobre a transdução gustativa.

Resumo

Informações importantes sobre a transdução gustativa
Sabor dos alimentos Combinação de informações gustativas, olfatórias, somatossensoriais (textura, temperatura e dor) e visuais
Papilas Circunvaladas: terço posterior da língua, maior número de botões gustativos.
Foliáceas:
laterais da língua, quantidade moderada de botões gustativos.
Fungiformes:
dois terços anteriores da língua, quantidade moderada de botões gustativos.
Filiformes:
ausência de botões gustativos, funções mecânicas.
Botões gustativos Grupos de até 150 células epiteliais gustativas.
Um poro gustativo na região superior acumula a saliva.
Aferências nervosas entram pela lâmina basal.
Via genérica de transdução gustativa 1) Substâncias gustativas no poro gustativo interagem com as microvilosidades de uma célula epitelial gustativa.
2) Substâncias gustativas se ligam a receptores acoplados à proteína G (sabores doce, amargo e umami) ou alteram a concentração intracelular de íons (sabores azedo e salgado).
3) A célula sofre despolarização e libera neurotransmissores.
4) Os neurotransmissores estimulam a fibra gustativa aferente.
Via genérica de transdução gustativa
Células epiteliais gustativas
Tipo I (de suporte): função de sustentação, possivelmente relacionadas à detecção do sabor salgado.
Tipo II
(receptoras): transdução dos sabores amargo, doce e umami.
Tipo III
(pré-sinápticas): transdução do sabor azedo.
Tipo IV
(basais): células imaturas que se diferenciam em outros tipos celulares.
Tipo V
(marginais): formam a interface com o tecido epitelial adjacente.
Substâncias gustativas Amargo: alcaloides e outros compostos (café, chá, vinho).
Doces:
açúcares (glicose, sacarose).
Umami:
glutamato e outros aminoácidos.
Azedo:
ácidos orgânicos (íons H⁺).
Salgado:
sais (íons Na⁺).
Tipos celulares Amargo: Tipo II (T2R).
Doce:
Tipo II (T1R2+T1R3).
Umami:
Tipo II (T1R1+T1R3).
Azedo:
Tipo III.
Salgado:
Incerto. Possivelmente células tipo I.
Sinapses e neurotransmissores Tipo I: Incerto.
Tipo II:
ausência de sinapses diretas, liberação de neurotransmissores no espaço extracelular; liberação de adenosina trifosfato (ATP) e acetilcolina (ACh).
Tipo III:
sinapses diretas; liberação de serotonina (5-HT) e ácido gama-aminobutírico (GABA).
Nervos cranianos Glossofaríngeo (NC IX): informações gustativas e somatossensoriais do terço posterior da língua.
Facial
(NC VII): informações gustativas dos dois terços anteriores da língua.
Vago
(NC X): informações gustativas da epiglote, palato mole e porção superior do esôfago.
Trigêmeo
(NC V): informações somatossensoriais dos dois terços anteriores da língua e do palato.
Via neural Sensações gustativas dos nervos cranianos > núcleo solitário, no bulbo (parte rostral) > tálamo (núcleo ventral posteromedial) > córtex gustativo primário (aspecto rostral da ínsula, opérculo frontal)
Outras áreas encefálicas Amígdala e hipotálamo: formação de memória relacionada a alimentos, fome e saciedade.
Córtex somatossensorial:
processamento de textura e temperatura.
Córtex orbitofrontal:
integração do paladar, olfato, informações somatossensoriais e visuais para criar uma percepção unificada do sabor dos alimentos.

Cadastre-se agora e obtenha sua cópia do guia definitivo de estudos de anatomia!