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Potencial de ação

Videoaula recomendada: Neurônios [16:31]
O neurônio é a unidade básica do Sistema Nervoso.

Durante muitos anos, o processo de comunicação entre os nervos e os tecidos era uma grande incógnita para os fisiologistas. Com o desenvolvimento da eletrofisiologia e a observação da atividade elétrica nos neurônios, descobriu-se que a transmissão de sinais dos neurônios até os tecidos é mediada por potenciais de ação.

Um potencial de ação é definido como uma alteração súbita, rápida e transitória do potencial de repouso da membrana, que se propaga. Somente neurônios e células musculares são capazes de gerar potenciais de ação, uma propriedade chamada de excitabilidade.

Informações importantes
Definição Alteração súbita, rápida e transitória do potencial de repouso da membrana, que se propaga
Estímulo Sublimiar
Limiar
Supralimiar
Fases Despolarização
Pico de ultrapassagem
Repolarização
Refratariedade Absoluta - despolarização, ⅔ da repolarização
Relativa - último ⅓ da repolarização
Sinapse Membrana pré sináptica
Fenda sináptica
Membrana pós-sináptica

Este artigo discutirá a definição, os passos e as fases do potencial de ação.

Conteúdo
  1. Definição
  2. Etapas
  3. Fases
  4. Período refratário
  5. Propagação do potencial de ação
  6. Sinapse
  7. Resumo
  8. Referências
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Definição

Potenciais de ação são sinais neurais. Os neurônios geram e conduzem esses sinais ao longo dos seus processos para transmiti-los até os tecidos inervados por eles. Esses tecidos serão, então, estimulados, inibidos ou modulados de alguma forma.

Aprenda a estrutura e os tipos de neurônios com a unidade de estudo a seguir.

Etapas

Mas o que causa o potencial de ação? Sob o ponto de vista elétrico, ele é causado por um estímulo com um valor expresso em milivolts (mV). Nem todo estímulo é capaz de causar um potencial de ação. O estímulo adequado tem que ter um valor elétrico suficiente para reduzir a negatividade da célula neuronal até o valor limiar do potencial de ação. Dessa maneira, existem estímulos sublimiares, limiares e surpalimiares. Estímulos sublimiares não causam um potencial de ação. Estímulos limiares possuem energia suficiente para produzir o potencial de ação (impulso nervoso). Estímulos supralimiares também produzem um potencial de ação, mas sua força é maior do que os estímulos limiares.

O potencial de ação é gerado quando um estímulo muda o potencial de ação da membrana para os valores do potencial limiar, que geralmente está em torno de -50 a -55 mV. É importante saber que o potencial de ação se comporta segundo a regra “tudo ou nada”. Isso significa que qualquer estímulo sublimiar não vai causar nenhuma alteração, enquanto estímulos limiares ou supralimiares vão produzir uma resposta completa da célula excitável.

Um potencial de ação é diferente dependendo se ele é causado por um potencial limiar ou supralimiar? A resposta é: não! A força e a amplitude de um potencial de ação é sempre a mesma. Entretanto, aumentar a força do estímulo leva a um aumento na frequência de um potencial de ação e sua ação se propaga ao longo da fibra nervosa sem perder força ou amplitude. Além disso, após a geração de um potencial de ação, os neurônios se tornam refratários a estímulos por um certo período de tempo, no qual eles não podem gerar um novo potencial de ação.

Fases

Sob o ponto de vista iônico, um potencial de ação é causado por alterações temporárias na permeabilidade da membrana à difusão de íons. Essas alterações fazem com que canais iônicos se abram e que os íons reduzam seu gradiente de concentração. O valor do potencial limiar depende da permeabilidade da membrana, da concentração iônica intra e extracelular e das propriedades da membrana celular.

Um potencial de ação possui três fases: despolarização, pico de ultrapassagem e repolarização. Existem dois outros estados do potencial de membrana relacionados ao potencial de ação. O primeiro é a hipopolarização, que precede a despolarização e o segundo é a hiperpolarização, que se segue à repolarização.

Curva e fases do potencial de ação

A hipopolarização é o aumento inicial do potencial de membrana até o valor do potencial limiar. O potencial limiar abre canais voltaicos de sódio e causam um grande influxo de íons sódio. Esta fase é chamada de despolarização. Durante a despolarização, o interior da célula fica cada vez mais eletropositivo, até que o potencial chegue próximo ao equilíbrio de sódio de +61mV. Essa fase de extrema positividade é a fase do pico de ultrapassagem.

Após a ultrapassagem, a permeabilidade do sódio reduz subitamente devido ao fechamento de seus canais. O valor de ultrapassagem do potencial de ação abre canais voltaicos de potássio, o que causa um efluxo de potássio, reduzindo a eletropositividade da célula. Essa é a fase de repolarização, cujo propósito é fazer a membrana retornar ao seu potencial de repouso. A repolarização sempre leva primeiro à hiperpolarização, um estado no qual o potencial de membrana é mais negativo do que o potencial de repouso. Mas logo depois disso, a membrana estabelece novamente o seu potencial de membrana.

Trocas iônicas no potencial de ação

Depois de revisar o papel dos íons, nós agora podemos definir o potencial limiar mais precisamente como sendo o valor de potencial de membrana no qual os canais voltaicos de sódio se abrem. Em tecidos excitáveis, o potencial limiar é cerca de 10 a 15 mV abaixo do potencial de repouso da membrana.

Período refratário

O período refratário é o tempo decorrido após a geração do potencial de ação e durante o qual a célula excitável não é capaz de produzir um novo potencial de ação. Existem duas subfases desse período: a refratariedade absoluta e a relativa.

A refratariedade absoluta ocorre durante a despolarização e em cerca de ⅔ da fase de repolarização. Um novo potencial de ação não pode ser gerado durante a despolarização, pois todos os canais voltaicos de sódio já estão abertos na sua velocidade máxima. Durante a fase precoce de repolarização, a geração de um novo potencial de ação é impossível, uma vez que os canais de sódio estão inativos e precisam do potencial de repouso para que se fechem e, a partir daí, poderem se abrir novamente. A refratariedade absoluta termina quando um número determinado suficiente de canais de sódio se recuperam do seu estado inativo.

A refratariedade relativa é o período no qual a geração de um novo potencial de ação é possível, mas somente se houver um estímulo supralimiar. Esse período coincide com o ⅓ final da repolarização.

Propagação do potencial de ação

Um potencial de ação é gerado no corpo do neurônio e propagado pelo seu axônio. A propagação não reduz ou afeta a qualidade do potencial de ação de nenhuma maneira, de forma que o tecido inervado recebe o mesmo impulso, independentemente de sua distância do corpo neuronal.

O potencial de ação é gerado em um ponto da membrana celular e se propaga ao longo da sua superfície, despolarizando sequencialmente a próxima parte da membrana. Isso significa que o potencial de ação não se move, mas na verdade cria um novo potencial de ação no segmento adjacente da membrana neuronal.

Nós precisamos enfatizar que o potencial de ação sempre se propaga para a frente, nunca para trás. Isso por causa da refratariedade das partes da membrana que já foram despolarizadas, de forma que a única direção possível de propagação seja para frente. Por causa disso, um potencial de ação sempre se propaga do corpo do neurônio em direção ao axônio e ao tecido alvo.

A velocidade de propagação depende muito da espessura do axônio e se ele é ou não mielinizado. Quanto maior o diâmetro, maior a velocidade de propagação, além de ser mais rápida nos axônios mielinínicos. A mielina aumenta a velocidade de propagação uma vez que aumenta a espessura da fibra. Além disso, ela permite a condução saltatória do potencial de ação, uma vez que apenas os nodos de Ranvier se despolarizam, enquanto os nodos mielinizados são saltados.

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Sinapse

Uma sinapse é uma junção entre a célula nervosa e seu tecido alvo. Em humanos a mairoia das sinapses são químicas, o que quer dizer que o impulso nervoso é transmitido da extremidade do axônio ao tecido alvo por substâncias químicas chamadas de neurotransmissores. Se um neurotransmissor estimula a célula alvo a realizar uma ação ele é chamado de neurotransmissor excitatório. Por outro lado, se ele inibe a célula alvo, ele é um neurotransmissor inibitório.

Dependendo do tipo de tecido alvo, existem sinapses centrais e periféricas. Sinapses centrais ocorrem entre dois neurônios no sistema nervoso central, enquanto sinapses periféricas ocorrem entre um neurônio e uma fibra muscular, um nervo periférico ou uma glândula.

Cada sinapse é formada por:

  • Membrana pré-sináptica: membrana do botão terminal da fibra nervosa. 
  • Membrana pós-sináptica: membrana da célula alvo. 
  • Fenda sináptica: um espaço entre as membranas pré e pós-sinápticas.

Dentro do botão terminal da fibra nervosa são produzidos e armazenadas várias vesículas que contêm neurotransmissores. Quando a membrana pré-sináptica é despolarizada por um potencial de ação, os canais voltaicos de cálcio se abrem. Isso leva ao influxo de cálcio que muda o estado de certas proteínas de membrana na membrana pré-sináptica e leva à exocitose dos neurotransmissores na fenda sináptica.

A membrana pós-sináptica contém receptores para os neurotransmissores. Uma vez que os neurotransmissores se ligam aos seus receptores, os canais iônicos regulados por ligantes da membrana pós-sináptica se abrem ou se fecham. Esses canais regulados por ligantes são canais iônicos e sua abertura ou fechamento levam à redistribuição de íons na célula pós-sináptica. Dependendo se o neurotransmissor for excitatório ou inibitório, isso vai resultar em diferentes respostas.

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Kim Bengochea Kim Bengochea, Universidade de Regis, Denver
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