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Epidídimo

Videoaula recomendada: Testículos e epidídimo [18:07]
Os testículos e o epidídimo são órgãos reprodutores masculinos envolvidos na produção, desenvolvimento e armazenamento de esperma (17 estruturas).

O epidídimo é um componente essencial do sistema reprodutor masculino. É aí que ocorre o armazenamento e a maturação dos espermatozoides até ao momento deles serem transportados para o ducto deferente.

Nesse artigo nós vamos abordar a embriologia, anatomia, histologia e funções do epidídimo. No final vamos falar de algumas condições clínicas relevantes associadas a esta estrutura.

Conteúdo
  1. Embriologia
  2. Anatomia
    1. Localização e relações anatômicas
    2. Partes do epidídimo
  3. Histologia
  4. Irrigação arterial
  5. Drenagem venosa
  6. Drenagem linfática
  7. Função
    1. Maturação
    2. Transporte
  8. Notas clínicas
    1. Orquiepididimite
    2. Cisto do epidídimo
    3. Epididimotomia
  9. Referências
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Embriologia

O fator que determina o sexo durante o desenvolvimento embrionário é a presença de um cromossomo Y. O fator determinante do testículo (TDF) é uma proteína codificada pelo gene SRY (região determinante do sexo no cromossomo Y), responsável pela organogênese dos testículos.

Os órgãos reprodutivos desenvolvem-se a partir do mesênquima intermediário. Os ductos mesonéfrico (ducto Wolffiano) e paramesonéfrico (ducto Mulleriano) desenvolvem-se em paralelo. Nos homens, a diferenciação sexual ocorre devido à regressão dos ductos paramesonéfricos e ao desenvolvimento dos ductos mesonéfricos, que originam os órgãos reprodutores, como o epidídimo e o ducto deferente. A produção do hormônio anti-mulleriano pelas células de sertoli leva à degeneração dos ductos mullerianos.

A estrutura complexa e espiralada do epidídimo desenvolve-se gradualmente durante a vida embrionária e pós-natal. O alongamento do epidídimo ocorre em função da interação entre o epitélio do ducto Wolffiano e as células mesenquimais circundantes, além de proliferação e rearranjo celular direcionado. Esse processo depende, em grande parte, da presença de andrógenos e fatores mesenquimais. A região proximal (do segmento inicial ao corpo) já está espiralada ao nascimento. O espiralamento do restante da estrutura epididimária e a diferenciação epitelial ocorrem no período de vida pós-natal. Neste período, os fatores lumicrinais liberados pelos testículos desempenham um papel muito importante.

Anatomia

Localização e relações anatômicas

O epidídimo é uma estrutura em forma de vírgula alongada, fina e tubular, que é bem compactado e espiralado. O alto grau de compactação faz com que o epidídimo pareça quase sólido. O epidídimo localiza-se na superfície posterior dos testículos, ocupando toda a sua extensão. Lateralmente, entre o corpo do epidídimo e o testículo, há uma pequena bolsa conhecida como seio do epidídimo.

Partes do epidídimo

O epidídimo pode ser dividido em cabeça (caput ou globus major), corpo, e cauda (globus minor), sendo que a cabeça alcança o topo dos testículos. A cabeça comunica com a extremidade superior dos testículos através dos dúctulos eferentes, enquanto a cauda está ligada à extremidade inferior por uma reflexão da túnica vaginal.

O ducto deferente sobe a partir da cauda do epidídimo em direção ao anel inguinal profundo, dentro do cordão espermático.

Na extremidade superior do epidídimo encontra-se o remanescente embrionário do mesonefros, chamado de apêndice do epidídimo.

A melhor forma de garantir que consolidou os conhecimentos em anatomia é fazer um teste. Para ajudar com esta tarefa nós disponibilizamos abaixo um teste sobre a anatomia dos testículos e epidídimos:

Histologia

A superfície lateral, a cabeça e a cauda do epidídimo são revestidas por uma membrana serosa. A maior parte do corpo também é revestida por essa membrana, exceto a sua borda posterior.

Epitélio colunar pseudoestratificado com estereocílios (lâmina histológica)

A cabeça é a parte que recebe o fluido seminal dos testículos, e tem uma fina camada de músculo liso. O esperma desta região ainda é relativamente diluído. A cabeça tem a parede de músculo liso mais espessa, e absorve mais fluido, resultando numa maior concentração do fluido resultante.

Os dúctulos eferentes do mediastino do testículo ficam maiores e mais espiralados, formando os lóbulos do epidídimo quando entram na cabeça do epidídimo. Cada ducto lobular se abre num ducto espiralado do epidídimo, formando o corpo e a cauda da estrutura. Esses ductos são unidos por tecido conjuntivo fibroso. O epitélio aqui é colunar pseudoestratificado com dois tipos principais de células, as células principais e as células basais, e outras menos comuns como as células apicais e células claras.

As células principais encontram-se em toda a extensão do ducto mas apresentam diferenças estruturas de acordo com a região. Os microvilos dessas células têm como objetivo reabsorver fluído da secreção testicular. Essas células também secretam glicoproteínas que contribuem para o processo de maturação dos espermatozoides.

As células basais também estão presentes em todo o epidídimo. Fiéis ao seu nome, elas estão na base do epitélio e são consideradas precursoras das células principais. As células apicais encontram-se, principalmente, na região da cabeça do epidídimo, e caracterizam-se pelo elevado número de mitocôndrias no seu citoplasma. As células claras estão presentes na região da cauda do epidídimo. Elas têm poucos microvilos e são consideradas células endocíticas ativas.

O epitélio assenta sobre uma lâmina própria fina e uma camada de músculo liso disposta circularmente. Junto ao ducto deferente a camada muscular torna-se mais espessa e está organizada em três camadas.

Consolide também o seu conhecimento de histologia com o nosso teste sobre a histologia do epidídimo. Assim você irá reter muito mais informações e tornar os seus estudos mais eficientes.

Irrigação arterial

A irrigação arterial para o epidídimo provém das mesmas artérias que a dos testículos, ou seja, das artérias testiculares, que entram no escroto através do cordão espermático. Essas artérias originam-se da aorta abdominal e viajam no espaço retroperitoneal antes de cruzarem por cima dos ureteres. Elas passam através do anel inguinal profundo, entrando no canal inguinal com os outros componentes do cordão espermático. Essas artérias irrigam ainda parte do ducto deferente, no entanto, cada ducto deferente tem também o seu próprio fornecimento sanguíneo.

Artéria testicular (Vista ventral)

Drenagem venosa

A drenagem venosa do epidídimo e dos testículos é feita através de uma rede de veias conhecida como plexo pampiniforme. As veias também atravessam o cordão espermático. A rede venosa direita termina na veia cava inferior, enquanto a esquerda termina na veia renal esquerda.

Drenagem linfática

A drenagem linfática segue o trajeto ao suprimento vascular e termina nos linfonodos para-aórticos, próximos à região onde os testículos se desenvolvem e descem durante a vida fetal.

Função

O epidídimo possui um papel importante no processo de produção e maturação dos espermatozoides, chamado de espermatogênese. As suas principais funções estão relacionadas à maturação dos espermatozoides e ao seu transporte.

Maturação

Os espermatozoides que entram na cabeça do epidídimo são praticamente imóveis. Eles necessitam de dois a três meses de maturação e transporte desde a cabeça até a cauda do epidídimo para desenvolverem a capacidade de se mover e fertilizar um ovócito. Esse processo é facilitado pelo fluido que tem o pH, os níveis de oxigênio, o substrato energético e a temperatura adequados para a maturação dos espermatozoides. Só quando os espermatozoides entram no sistema reprodutor feminino é que eles passam pelo processo de capacitação, que os torna capazes de se ligarem ao ovócito e liberarem seu conteúdo.

Transporte

A ejaculação é o processo através do qual os espermatozoides se movem da cauda do epidídimo para o ducto deferente, o qual impulsiona os espermatozoides com as suas contrações peristálticas. Eles são misturados com o fluido seminal liberado pelas glândulas acessórias antes de serem ejaculados, sendo o produto final desta mistura chamado de sêmen.

O fluido seminal entra nos testículos através da ligação entre a cabeça do epidídimo e a extremidade superior dos testículos, viaja depois pelo ducto deferente e, por fim, é ejaculado. É, portanto, um componente fundamental da fertilidade masculina. Como o epidídimo é tão comprimido e espiralado, ele tem uma grande capacidade de armazenamento do esperma.

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Kim Bengochea Kim Bengochea, Universidade de Regis, Denver
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