Fossa infratemporal
A fossa infratemporal é um espaço que existe inferiormente à fossa temporal. Quando se observa um crânio ósseo (sem os tecidos moles) estes dois espaços anatómicos são fáceis de visualizar e torna-se evidente a sua comunicação através espaço delimitado pelo arco zigomático (lateralmente) e pela face lateral do crânio (medialmente).
A fossa infratemporal tem uma forma irregular e está situada inferior e medialmente ao arco zigomático. Não é um espaço totalmente delimitado por ossos. Muitas estruturas neurovasculares passam através da fossa infratemporal. Além disso, este espaço contém alguns músculos superficiais como a porção inferior do músculo temporal e os músculos pterigóides lateral e medial.
Limites |
Superior: asa maior do osso esfenóide Inferior: músculo pterigóide medial Anterior: maxila Posterior: apófises mastóide e estilóide do osso temporal Medial: ossos esfenóide e palatino Lateral: ramo e apófise coronóide da mandíbula |
Conteúdo |
Músculos: temporal, pterigóide lateral, pterigóide medial Veias: artéria maxilar, plexo venoso pterigóide Nervos: nervo mandibular, nervo alveolar superior posterior, corda do tímpano, nervo petroso menor e gânglio ótico |
Vascularização |
Ramos da artéria maxilar agrupados em partes mandibular, pterigóide e pterigopalatina |
Inervação | Ramos dos nervos maxilar e mandibular |
Esse artigo visa simplificar a literatura disponível, criar uma maior compreensão e fornecer um guia geral completo com informações em relação aos limites e conteúdo da fossa infratemporal.
Caso queira rever a anatomia do crânio antes de estudar a fossa infratemporal, assista a videoaula a seguir.
Limites
A fossa é limitada superiormente pela asa maior do osso esfenoide, ao nível dos forames (buracos) oval e espinhoso. Inferiormente não há estrutura anatômica óssea para limitá-la, mas existe o músculo pterigoide medial, que cursa anteriormente e se liga à mandíbula. A maxila forma o limite anterior da cavidade e os processos (apófises) estilóide e condilar compõem a parede posterior. Os ossos esfenóide e palatino formam um repouso ósseo vertical medialmente, e o ramo e processo (apófise) coronoide cobrem a abertura da fossa lateralmente.
Conteúdo
As seguintes estruturas anatômicas passam através da fossa infratemporal:
- músculo temporal
- músculo pterigóide lateral
- músculo pterigóideo medial
- artéria maxilar
- plexo venoso pterigóide
- nervo mandibular
- nervo alveolar superior posterior
- corda do tímpano
- gânglio ótico
- nervo petroso menor
Conheça também a fossa temporal e seu conteúdo no artigo a seguir.
Vascularização
O suprimento vascular da fossa infratemporal se dá unicamente pela artéria maxilar. Os ramos foram divididos em três seções para clareza didática, e são classificados de acordo com a estrutura anatômica mais próxima, incluindo:
- parte mandibular
- parte pterigóide
- parte pterigopalatina
A primeira parte, que é a parte mandibular, contém vários ramos arteriais, como o auricular profundo, o timpânico anterior, as artérias meníngeas média e acessória e a artéria alveolar inferior. Os ramos passam entre a mandíbula e o ligamento esfenomandibular.
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A segunda parte, também conhecida como parte pterigóide, contém vasos que cursam obliquamente e ântero-superiormente entre o ramo da mandíbula e o músculo temporal. A lista de componentes vasculares inclui as artérias temporais profundas anterior e posterior, a artéria massetérica, a artéria pterigoide e a artéria bucal.
Finalmente, a parte pterigopalatina, ou terceira parte, é aquela que abriga a artéria alveolar superior, que cursa da fossa infratemporal até a fossa pterigopalatina através da fissura pterigomaxilar.
A drenagem venosa é realizada pelo plexo pterigoide, que é mais denso no interior e ao redor da fossa infratemporal.
Inervação
A fossa infratemporal é densamente inervada devido ao grande número de músculos e vasos que passam através dela ou que se situam próximos. O nervo maxilar e o nervo mandibular contribuem com seus ramos, com o nervo mandibular fornecendo ramos de suas divisões anterior e posterior. A divisão anterior contém o nervo massetérico, os nervos temporais profundos posterior e anterior, os nervos pterigóideos medial e lateral e o nervo bucal. Enquanto isso, a divisão posterior inclui o nervo auriculotemporal, o nervo lingual, o nervo alveolar inferior e o nervo milo-hióideo.
O nervo maxilar fornece um único ramo, conhecido como nervo alveolar superior posterior. Outras estruturas nervosas são mencionadas acima no conteúdo da fossa, exceto os ramos parassimpáticos da glândula parótida, que podem ser encontrados profundamente na parte mais medial da fossa.
Que tal se desafiar em um teste sobre os ossos do crânio? Reconhecê-los com facilidade te ajuda a delimitar bem todas as estruturas, inclusive a fossa infratemporal.
Destaques
A fossa infratemporal é um espaço que existe abaixo da fossa temporal.
Seus limites incluem:
- Superiormente – asa maior do osso esfenoide
- Inferiormente – músculo pterigóide medial
- Anteriormente - maxila
- Posteriormente – apófises estilóide e condilar
- Medialmente – ossos esfenóide e palatino
- Lateralmente – ramo e processo coronóide da mandíbula
As seguintes estruturas anatômicas passam através da fossa infratemporal:
- músculo temporal
- músculo pterigoide lateral
- músculo pterigoide medial
- artéria maxilar
- plexo venoso pterigóideo
- nervo mandibular
- nervo alveolar superior posterior
- corda do tímpano
- gânglio ótico
- nervo petroso menor
O suprimento vascular vem da artéria maxilar, enquanto a inervação é dada através de ramos dos nervos mandibular e maxilar.