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Dentes

Videoaula recomendada: Anatomia do dente [16:42]
Estrutura e relações anatômicas do dente.
Anatomia do dente

O dente é uma das estruturas anatômicas e histológicas mais individuais e complexas do corpo. A composição tecidual do dente só é encontrada no interior da cavidade oral, e é limitada às estruturas dentárias.

A anatomia do dente é um assunto interessante, porém desafiador, que exige o conhecimento da anatomia da cabeça e do pescoço e a atenção de qualquer profissional ou estudante da área da saúde. O dente humano é muito especial, uma vez que ele cresce duas vezes durante a vida, são estruturas essenciais para a digestão mecânica dos alimentos e oferecem suporte a algumas características faciais.

A dentição dos adultos consiste em trinta e dois dentes que compartilham algumas características anatômicas e são classificados em quatro grupos:

Informações importantes sobre os dentes
Nomes dos dentes Cada arcada dentária possui:
2 incisivos centrais
2 incisivos laterais
2 caninos
4 pré-molares
6 molares
Numeração dos dentes Sistema FDI (usado internacionalmente)
Sistema universal (EUA)
Sistema de Palmer (Reino Unido)
Sistema de notação alfanumérica
Tipos de dentes Dentição decídua (20 dentes), dentição permanente (32 dentes)
Partes dos dentes Coroa: parte visível dos dentes
Raiz:
parte não visível dos dentes, fixada à mandíbula ou maxila
Estrutura dos dentes Esmalte dentário: camada mais externa da coroa
Cemento:
camada mais externa da raiz
Dentina:
camada intermediária da coroa e da raiz
Polpa:
camada mais interna do dente, se estendendo tanto na coroa quanto na raiz, contém estruturas neurovasculares do dente
Inervação Arcada superior: ramos do nervo maxilar (NC V/II)
Arcada inferior:

- Nervo mandibular (NC V/III)
- Nervo alveolar inferior
- Nervo mentoniano
- Nervo incisivo
Vascularização Arcada superior e inferior irrigados por ramos da artéria maxilar

Nesse artigo vamos discutir a anatomia dos dentes, incluindo suas partes e sua estrutura, seus diferentes tipos, a nomenclatura e numeração dentária e o suprimento nervoso e sanguíneo dos dentes.

Conteúdo
  1. Nomes e numeração dos dentes
    1. Sistema de notação FDI
    2. Sistema de numeração universal
    3. Sistema de notação de Palmer
    4. Sistema de notação alfanumérica
  2. Tipos de dentes
  3. Anatomia dos dentes
    1. Partes do dente
  4. Estrutura do dente
  5. Inervação e Vascularização dos dentes
    1. Inervação da arcada dentária superior
    2. Inervação da Arcada dentária inferior
    3. Vascularização da arcada dentária superior
    4. Vascularização da arcada dentária inferior
  6. Notas clínicas
    1. Cáries dentárias
  7. Referências
  8. Artigos relacionados
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Nomes e numeração dos dentes

Existe um total de trinta e dois dentes na cavidade oral de um adulto com dentição saudável. Metade, ou dezesseis, são fixados à maxila, enquanto a outra metade encontra-se na mandíbula. Os nomes dos dentes em cada arcada são intuitivos - os dezesseis dentes superiores, que se fixam à maxila, são chamados de 'dentes da arcada superior' ou 'dentes maxilares', enquanto os da metade inferior são chamados de 'dentes da arcada inferior', ou 'dentes mandibulares'. Cada arcada é um espelho da arcada oposta, contendo tipos de dentes correspondentes, porém não idênticos.

Os dentes em cada fileira ou arcada são divididos em quatro grupos, nomeados conforme a seguir, da linha dentária média em direção às laterais:

  • Incisivos (4) - incisivos centrais (2) e incisivos laterais (2)
  • Caninos (2)
  • Pré-molares (4) - primeiros pré-molares, seguidos dos segundos pré-molares
  • Molares (6) - primeiros molares, em seguida segundos molares e finalmente os terceiros molares (dentes sisos)

Com o objetivo de simplificar a identificação dos dentes, os profissionais de odontologia usam uma variedade de sistemas de numeração.

Está se sentindo inseguro com todos esses nomes? Fazer testes e questionários é uma ótima forma de aprender mais, e mais rápido! Que tal experimentar essa nova forma de aprender com o teste abaixo sobre os dentes?

Sistema de notação FDI

Nomes dos dentes - Sistema de notação FDI

O sistema de notação FDI leva esse nome pois foi desenvolvido pela Féderation Dentaire Internationale. Ele também é conhecido como sistema ISO. É considerado o padrão internacional para a numeração e nomeação de dentes, conforme definido pela Organização Mundial da Saúde. Cada dente é denotado por dois números.

O primeiro número se refere ao quadrante em que o dente está localizado:

  • Quadrante superior direito = 1
  • Quadrante superior esquerdo = 2
  • Quadrante inferior esquerdo = 3
  • Quadrante inferior direito = 4

O segundo número refere-se à posição do dente dentro do quadrante:

  • Incisivo central = 1
  • Incisivo lateral = 2
  • Canino = 3
  • 1º pré-molar = 4
  • 2º pré-molar = 5
  • 1º molar = 6
  • 2º molar = 7
  • 3º molar = 8

Portanto, para identificar o segundo pré-molar do quadrante superior esquerdo, por exemplo, usa-se a notação: '25'.

Sistema de numeração universal

O sistema de numeração universal da American Dental Association é usado principalmente nos Estados Unidos. Os dentes são numerados de 1 a 32; superiormente da direita para a esquerda e inferiormente da esquerda para a direita.

Nomes dos dentes - Sistema de notação universal

Sistema de notação de Palmer

Nomes dos dentes - Sistema de notação Palmer

A notação de Palmer (às vezes chamada de 'notação de Zsigmondy') é o principal sistema usado para a numeração dos dentes no Reino Unido.

Semelhante ao sistema FDI, ele divide a dentição em quatro quadrantes, com cada dente numerado entre 1 e 8, conforme descrito na descrição do sistema FDI. O número é atribuído a um quadrante por meio dos seguintes símbolos:  ┘└ ┐┌

  • Quadrante superior direito = ┘
  • Quadrante superior esquerdo = └
  • Quadrante inferior esquerdo = ┐
  • Quadrante inferior direito = ┌

Portanto, o segundo molar do quadrante inferior esquerdo teria a notação: '5┐'.

Sistema de notação alfanumérica

Nomes dos dentes - Sistema de notação alfanumérico

Esta notação usa novamente os números 1-8 para denotar a posição do dente, juntamente com um par de letras para denotar o quadrante (superior direito = UR (upper right), superior esquerdo = UL (upper left), inferior direito = LR (lower right), inferior esquerdo = LL (lower left)). 

Como um exemplo desta notação, o segundo molar inferior esquerdo é representado por 'LL7'. Esse método de notação tornou-se cada vez mais popular como uma substituição ao sistema de Palmer devido ao fato de que pode ser gravado por meio de um teclado (uma limitação da notação de Palmer).

Informações importantes sobre os nomes e notações da dentição permanente
Nomes dos dentes Quadrantes: superior direito, superior esquerdo, inferior esquerdo, inferior direito
Dentição permanente:
incisivo central, incisivo lateral, canino, primeiro pré-molar, segundo pré-molar, primeiro molar, segundo molar, terceiro molar
Sistema de numeração universal Números 1 - 32. Terceiro molar superior direito → terceiro molar inferior direito
Sistema FDI/ISO Superior direito (quadrante # 1) → dentes 11 - 18
Superior esquerdo (quadrante # 2) → dentes: 21 - 28
Inferior esquerdo (quadrante # 3) → dentes 31 - 28
Inferior direito (quadrante # 4) → dentes: 41 - 48
Método de Notação Palmer Superior direito: 1-8⏌
Superior esquerdo: ⎿1-8
Inferior esquerdo: ⎾1-8
Inferior direito: 1-8 ⏋
Notação alfanumérica Superior direito (quadrante # 1) → dentes UR1-8
Superior esquerdo (quadrante # 2) → dentes UL1-8
Inferior esquerdo (quadrante # 3) → dentes LL1-8
Inferior direito (quadrante # 4) → dentes LR1-8

Tipos de dentes

Além dos nomes e numeração específicos, a anatomia dentária também é única nos tipos possíveis de dentes e seus respectivos números. As crianças possuem vinte dentes, chamados de dentes decíduos, ou "dentes de leite", entre os seis meses e os seis anos de idade. Este grupo é em seguida substituído pela dentição permanente de trinta e dois dentes nos adolescentes e adultos.

Aprenda ainda mais sobre os tipos de dentes com o teste abaixo:

Anatomia dos dentes

Antes de mergulhar nos detalhes da anatomia dos dentes, assista a videoaula abaixo, que vai lhe ajudar a aprender de forma mais rápida e eficiente:

Partes do dente

A coroa do dente é a parte visível do dente na boca, enquanto a raiz encontra-se escondida sob a gengiva e o osso alveolar. Ela possui uma coloração branca perolada a amarela, dependendo da idade do indivíduo, sua higiene oral e estilo de vida.

As raízes dos dentes são as suas partes não visíveis, responsáveis por sua fixação na mandíbula ou na maxila. Os dentes podem ter raízes únicas, como ocorre por exemplo nos incisivos, caninos e primeiro pré-molares, ou múltiplas, como nos segundos pré-molares e molares, onde podem haver duas ou três raízes.

Estrutura do dente

A camada mais externa da coroa dentária é conhecida como esmalte dentário, uma estrutura mineralizada extremamente dura, cuja principal função é a proteção das demais camadas dentárias.

A camada mais externa que envolve a raiz dentária é histologicamente diferente do esmalte, mas atua como seu equivalente abaixo da linha gengival, onde recobre toda a raiz do dente. Essa camada é conhecida como cemento. O ponto de encontro entre o esmalte e o cemento é chamado de junção cemento-esmalte.

Internamente ao esmalte e ao cemento, ao longo de toda a extensão do dente (tanto na coroa quanto na raiz), encontra-se uma camada chamada de dentina. Trata-se de uma camada de tecido macio, levemente mais escuro que o esmalte, que atua como uma cápsula de proteção para a camada mais interna do dente, a polpa, também conhecida como cavidade pulpar.

A polpa, que como mencionado anteriormente é a camada mais interna do dente, também ocupa tanto a coroa quanto a raiz dentária. Nessa camada mais interna do dente encontram-se os nervos e os vasos sanguíneos dentários. O esmalte e a dentina devem estar intactos para que o dente permaneça vivo e saudável, e uma vez que qualquer bactéria entre na câmara pulpar, o dano é irreversível.

A câmara pulpar continua inferiormente da coroa até as raízes, e termina no ápice da raiz, onde existe uma abertura que permite que as estruturas entrem e saiam da câmara pulpar.

Inervação e Vascularização dos dentes

A inervação e suprimento sanguíneo dos dentes depende de vasos sanguíneos e nervos que chegam às arcadas superior e inferior. Como a maxila é uma parte da porção média da face e a mandíbula é parte da porção inferior da face, é lógico assumir que elas possuem estruturas neurovasculares distintas.

Inervação da arcada dentária superior

O nervo maxilar, que é a segunda divisão do nervo trigêmeo (NC V/II), carrega fibras sensitivas para os dentes. Ele cursa lateralmente ao seio cavernoso, e deixa o crânio através do forame redondo, na fossa craniana média, em direção à fossa pterigopalatina. Ali ele se divide, originando quatro ramos relevantes para a inervação dos dentes: 

  • nervo infraorbital
  • nervo alveolar superior posterior  
  • nervo alveolar superior médio
  • nervo alveolar superior anterior

Antes de continuarmos para os ramos que diretamente inervam os dentes, algumas palavras precisam ser ditas sobre o nervo infraorbital. Esse nervo continua da fossa pterigopalatina através da fissura orbitária inferior para atingir o interior da órbita. Ele deixa a órbita através do forame infraorbital. Ali ele se divide em três ramos que são o nasal, o palpebral inferior e o labial superior. Esses ramos suprem a cartilagem alar do nariz, a pele da pálpebra inferior e o lábio superior, respectivamente.

Para entender melhor o trajeto dos nervos e vasos sanguíneos em direção aos dentes, é preciso conhecer a anatomia do crânio. Domine a anatomia do crânio rapidamente utilizando nossa apostila de exercícios!

O nervo alveolar superior posterior se curva lateralmente para a fissura pterigomaxilar e para o interior da fossa infratemporal. Ele cursa inferiormente através da superfície infratemporal da maxila para formar a porção posterior do plexo dentário superior e inervar o aspecto posterior do seio maxilar, bem como os dentes molares da arcada dentária superior.

O nervo alveolar superior médio apresenta trajeto variável conforme cursa inferiormente da porção média do plexo dentário superior e inerva os aspectos medial e lateral do seio maxilar e os pré-molares. Ele pode ainda inervar a raiz mesiobucal do primeiro molar, se ela não for inervada pelo nervo alveolar superior posterior.

Finalmente, o nervo alveolar superior anterior cursa inferiormente para formar a porção anterior do plexo dentário superior. Ele inerva o aspecto anterior do seio maxilar, bem como os dentes incisivos e caninos.

Inervação da Arcada dentária inferior

Os dentes da arcada inferior são inervados por quatro nervos principais:

O primeiro e maior deles é o nervo mandibular, que é a terceira divisão do nervo trigêmeo (NC V/III)

O nervo alveolar inferior é o maior dos ramos mandibulares e inerva todos os dentes da arcada inferior, os ligamentos periodontais e a gengiva dos pré-molares anteriormente à linha média.

O nervo mentoniano inerva o queixo, o lábio inferior, a gengiva facial e a mucosa do segundo pré-molar, anteriormente.

O nervo incisivo supre os dentes e os ligamentos periodontais mais anteriores, até o nível do primeiro pré-molar.

Vascularização da arcada dentária superior

A partir da artéria carótida externa emerge a artéria maxilar, que supre os dentes de ambas as arcadas. A arcada superior é irrigada especificamente por um plexo de três ramos arteriais que incluem:

  • artéria alveolar superior posterior
  • artéria alveolar superior média
  • artéria alveolar superior anterior

A artéria alveolar superior posterior surge da terceira divisão da artéria maxilar. Ela emerge na fossa craniana média antes que a artéria maxilar entre na fossa pterigopalatina. Ela então continua e entra na superfície infratemporal da maxila para irrigar o seio maxilar, os dentes pré-molares e os dentes molares.

A artéria alveolar superior média surge da artéria infraorbital. Algumas vezes, entretanto, essa artéria não está presente. Se estiver, ela emerge no interior do canal infraorbital, onde cursa inferiormente para irrigar o seio maxilar e o plexo arterial ao nível do canino.

A artéria alveolar superior anterior também surge da artéria infraorbital, no mesmo nível da artéria alveolar superior média. Ela então cursa juntamente com aquela artéria para suprir a porção anterior da arcada dentária superior, o seio maxilar e os dentes anteriores.

No que diz respeito à drenagem venosa, a veia alveolar superior posterior, a veia alveolar superior média e a veia alveolar superior anterior drenam o sangue venoso da arcada dentária superior para o plexo venoso pterigóideo.

Vascularização da arcada dentária inferior

A artéria maxilar dá origem a um único ramo que inerva os dentes da arcada inferior, que é conhecido como artéria alveolar inferior. Essa artéria cursa inferiormente junto com o nervo alveolar inferior, e entra na mandíbula através do forame mandibular. Ao nível do segundo pré-molar, ele termina nos ramos da artéria mentoniana e incisiva, após ter irrigado todos os dentes da arcada inferior.

As artérias mentoniana e incisiva suprem a gengiva labial dos dentes anteriores e os próprios dentes anteriores.

A veia alveolar inferior é a única a coletar o sangue bombeado na região da mandíbula, e drena para o plexo venoso pterigóideo.

Informações importantes sobre a inervação e suprimento sanguíneo dos dentes
Inervação Arcada dentária superior: nervo maxilar - ramos: nervo alveolar superior anterior, médio e posterior.
Arcada dentária inferior:
nervo mandibular - ramos: nervo alveolar inferior, nervo mentoniano e nervo incisivo.
Suprimento sanguíneo Arcada dentária superior: artéria alveolar superior anterior, média e posterior.
Arcada dentária inferior:
artéria alveolar inferior, artérias mentoniana e incisiva
Drenagem venosa Arcada dentária superior: veia alveolar superior posterior, média e anterior.
Arcada dentária inferior:
veia alveolar inferior

Aproveite esse momento para avaliar os seus conhecimentos sobre os dentes com o nosso teste personalizado:

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Kim Bengochea Kim Bengochea, Universidade de Regis, Denver
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