Videoaula: Regiões da cabeça e do pescoço
Você está assistindo uma prévia. Torne-se Premium para acessar o vídeo completo: Anatomia das regiões da cabeça e do pescoço.
Unidade de estudos relacionada
Artigos relacionados
Vídeos relacionados
Transcrição
Olá a todos, aqui é o Rafael, do Kenhub, e no vídeo de hoje nós vamos falar sobre as regiões da cabeça e do pescoço. Os profissionais da saúde dividem a cabeça e o pescoço em regiões menores para ...
Leia maisOlá a todos, aqui é o Rafael, do Kenhub, e no vídeo de hoje nós vamos falar sobre as regiões da cabeça e do pescoço. Os profissionais da saúde dividem a cabeça e o pescoço em regiões menores para facilitar a comunicação e ajudar na localização das estruturas anatômicas. Nós vamos ver muitas regiões neste tutorial, então, sem perder tempo, vamos logo começar com as regiões da cabeça. Em seguida nós veremos as regiões do pescoço.
As regiões da cabeça mantêm uma relação próxima com os ossos subjacentes do crânio. Por isso, nós vamos usar uma sobreposição de ilustrações, para que possamos ver tanto a cabeça quanto o crânio ao mesmo tempo.
O crânio humano pode ser dividido em duas partes: o neurocrânio, formado pelos ossos que protegem o cérebro, e o viscerocrânio, que consiste nos ossos que formam o esqueleto facial. As regiões da cabeça podem, da mesma forma, ser divididas em regiões do neurocrânio e regiões do viscerocrânio, como você pode ver na ilustração.
As regiões do neurocrânio são fáceis de memorizar, já que são nomeadas de acordo com os nomes dos ossos subjacentes, exceto pela região auricular.
Aqui você pode ver a região frontal, localizada no aspecto anterior da cabeça, sobreposta ao osso frontal. Agora vou remover o destaque da região frontal para ficar mais fácil de ver o osso frontal. Observe que apesar dos limites entre os ossos serem precisos, as regiões da cabeça não possuem limites bem determinados, então na nossa ilustração elas podem se estender até as áreas sobre outros ossos cranianos.
Posteriormente à região frontal encontramos a região parietal, sobreposta, é claro, ao osso parietal. Essa ilustração mostra as regiões de uma perspectiva lateral, mas lembre-se que nós temos dois ossos parietais, um de cada lado da cabeça, como você pode ver nesta perspectiva superior do crânio. Isso vale também para as regiões parietais da cabeça.
Continuando inferiormente, podemos ver a região temporal, que, é claro, encontra-se superficialmente à parte escamosa do osso temporal. Aqui também nós vamos remover o destaque da região para ficar mais fácil ver o osso subjacente. A região temporal também é bilateral, ou seja, ela também é encontrada em ambos os lados da cabeça.
E posteriormente nós temos mais uma região do neurocrânio cujo nome é o mesmo do osso subjacente: a região occipital. Mais uma vez, removemos o destaque da região, para que possamos ver o osso. Como só temos um osso occipital, também só temos uma região occipital.
Em seguida, temos a região mastóidea, também conhecida como região retroauricular. Essa é a área posterior à sua orelha, que recobre a parte mastóidea do osso temporal. Agora podemos ver esta estrutura óssea destacada em verde.
E a última região do neurocrânio é a região auricular. Essa área não recebe seu nome de um osso do crânio. O termo “auricular” vem da palavra em latim “auris”, que significa orelha. Então as regiões auriculares, uma de cada lado da cabeça, são as regiões ao redor das suas orelhas.
Seguindo para as regiões do viscerocrânio, nós podemos ver a região nasal, uma região na linha média que contém o nariz e a cavidade nasal. Apesar de as imagens da face e do crânio não se sobreporem perfeitamente nesta ilustração, a região nasal na realidade recobre grande parte do osso nasal, e por isso tem esse nome.
Superior e lateralmente, encontramos a região orbital. Essa área contém as estruturas relacionadas à cavidade orbitária: a própria cavidade, o globo ocular, os músculos extraoculares, as pálpebras e as sobrancelhas. O músculo orbicular do olho também é incluído na região orbital.
E a região abaixo da região orbital é chamada, é claro, de região infraorbital. Tanto a região orbital quanto a região infraorbital são regiões bilaterais.
Inferiormente à região infraorbital encontra-se a região bucal. De cada lado da face, estas são as regiões conhecidas popularmente como bochechas. Na realidade, o termo latim “bucca” significa exatamente isso: bochecha. Essa região se sobrepõe ao músculo bucinador.
Já a região localizada ao redor da boca, é chamada de região oral. Ela inclui a cavidade oral e seus conteúdos, como os dentes, a língua e o palato, bem como a pele ao redor da sua boca.
Abaixo da região oral encontra-se a região mentual. O termo “mentual” vem da palavra em latim “mentum”, que significa queixo. Essa área está sobreposta à protuberância mentual da mandíbula, que você pode ver se nós removermos o destaque amarelo da imagem. As regiões nasal, oral e mentual são as únicas regiões do viscerocrânio que não são bilaterais, já que elas encontram-se na linha média da face.
Agora que já discutimos as regiões mais anteriores do neurocrânio, vamos falar sobre as duas áreas localizadas mais lateralmente.
A primeira delas é essa aqui, a região zigomática. Não tem como ser mais simples: essa área recobre o osso e os músculos zigomáticos, e também é conhecida como região malar. Agora você pode ver o osso zigomático destacado em verde na nossa ilustração. Ah! Vale lembrar que essa é uma região bilateral.
Em seguida, temos a região parotideomassetérica, também conhecida simplesmente como região parotídea. Como o nome sugere, essa área está sobreposta à glândula parótida e ao músculo masseter, como podemos ver na nossa ilustração.
E isso conclui nossa viagem pelas regiões da cabeça, então vamos continuar nossa jornada com as regiões do pescoço. Antes de vermos essas regiões, há duas estruturas que eu queria mostrar, já que elas servem como importantes marcos anatômicos para as regiões do pescoço.
A primeira delas é o músculo esternocleidomastóideo, que você pode ver aqui. Ele se estende superiormente a partir da clavícula e do esterno, até a parte mastóidea do osso temporal. As bordas anterior e posterior desse músculo servem como limites para algumas regiões do pescoço.
O segundo músculo que precisamos conhecer é o músculo trapézio. Esse é um grande músculo triangular, localizado no aspecto posterior do pescoço. A borda anterior do músculo trapézio serve como limite para algumas regiões do pescoço.
Agora que conhecemos os principais marcos anatômicos, é fácil entender as quatro principais regiões do pescoço. A região cervical anterior encontra-se anterior ao músculo esternocleidomastóideo. Então seus limites são a borda anterior do esternocleidomastóideo, posteriormente, a borda inferior da mandíbula, superiormente, e a linha mediana do pescoço, anteriormente, que a separa da região correspondente contralateral.
Em seguida, temos a região esternocleidomastóidea, que corresponde à área localizada entre as bordas anterior e posterior desse músculo, ou seja, a área que recobre o próprio músculo esternocleidomastóideo.
Posterior a essa região encontramos uma área chamada de região cervical lateral, limitada anteriormente pela borda posterior do músculo esternocleidomastóideo, posteriormente pela borda anterior do músculo trapézio e inferiormente pelo terço médio da clavícula.
E, finalmente, temos a região cervical posterior, que corresponde à área posterior à borda anterior do músculo trapézio, ou seja, a área que recobre o próprio músculo, assim como a região esternocleidomastóidea recobre o músculo correspondente. O limite posterior dessa região é a linha média da região dorsal, que a separa da região correspondente contralateral.
Agora eu preciso esclarecer uma coisa que é uma causa comum de confusão entre estudantes de anatomia. A região cervical anterior também é conhecida como trígono anterior do pescoço. Seria de se esperar que a região cervical posterior também fosse chamada de trígono posterior do pescoço, certo? Bem, na verdade, o trígono posterior do pescoço é a região cervical lateral. Então fique atento a esse detalhe para evitar confusões no futuro!
Os trígonos anterior e posterior do pescoço são ainda subdivididos em trígonos menores, que nos permitem entender melhor e descrever a localização anatômica exata dos órgãos, músculos e estruturas neurovasculares que cursam pelo pescoço. Nós não vamos ver os detalhes dessas subdivisões no vídeo de hoje, mas temos uma unidade de estudo e um vídeo completos sobre os trígonos do pescoço, caso você se sinta pronto para mergulhar nos detalhes desse assunto!
E por hoje é isso! Espero que você tenha gostado de aprender sobre as regiões da cabeça e do pescoço. Nos vemos no próximo vídeo!