Músculo latíssimo do dorso
O músculo latíssimo do dorso (ou grande dorsal) é o músculo mais largo do corpo humano, recobrindo praticamente todos os outros músculos das costas. Por sua grande extensão, seu movimento pode ter ação sobre os membros superiores e tronco, fazendo parte inclusive da respiração.
Neste artigo iremos descrever a anatomia deste importante músculo, com aspectos sobre sua origem, inserção e inervação; explicaremos detalhadamente suas funções; e apontaremos seus principais aspectos clínicos, com ilustrações e imagens para sua melhor compreensão.
Origem |
Parte vertebral: processos espinhosos da sétima à décima segunda vértebras torácicas, fáscia toracolombar. Parte ilíaca: crista ilíaca. Parte costal: nona a décima segunda costelas. Parte escapular: ângulo inferior da escápula (inconstante). |
Inserção | Úmero proximal e distal |
Inervação | Nervo tóracodorsal |
Função |
Rotação interna, adução e retroversão do úmero Elevação e anteriorização do tronco Auxilia a respiração |
Anatomia
Origem e Inserção
O músculo latíssimo do dorso é o músculo mais largo do corpo humano. Ele é relativamente fino e cobre quase todos os músculos dorsais da região posterior do tronco (exceto o trapézio).
Junto com o redondo maior ele forma a prega axilar posterior, onde é mais espesso e portanto mais facilmente palpável.
Quanto à sua origem, pode-se distinguir quatro partes:
- Parte vertebral: processos espinhosos da sétima à décima segunda vértebras torácicas, fáscia toracolombar.
- Parte ilíaca: crista ilíaca.
- Parte costal: nona a décima segunda costelas.
- Parte escapular: ângulo inferior da escápula (inconstante).
Aprender os músculos é sempre um desafio. São muitas origens, inserções, inervações... Por isso o Kenhub desenvolveu a apostila de exercícios sobre os músculos do corpo, para facilitar seu aprendizado.
Todas as fibras juntas se ligam ao assoalho do sulco intertubercular do úmero (sulco bicipital) entre o peitoral maior e o redondo maior. Em seu curso, as fibras giram espiralmente ao redor do redondo maior (torção), de forma que a porção inferior do latíssimo do dorso se insere proximalmente no úmero e a porção superior mais distalmente.
Inervação
A inervação é levada pelo nervo toracodorsal (C6-C8), um ramo do plexo braquial.
Função
Membros superiores
O latíssimo do dorso suporta vários movimentos diferentes do ombro. Devido ao cruzamento das fibras musculares no ponto de inserção, a contração do músculo leva a uma rotação interna do úmero. Além disso, ele puxa o úmero em direção ao tronco (adução) e para trás (retroversão). Esse movimento é mais poderoso em um braço previamente elevado, enquanto a torção é aliviada e o músculo está maximamente distendido (ex.: ao cortar madeira/lenha). Devido aos três movimentos da articulação do ombro, o latíssimo do dorso é referido como um dos músculos da natação do corpo humano.
Tronco
Quando o úmero encontra-se fixado, a contração do latíssimo do dorso leva a dois diferentes movimentos do tronco. Por um lado ele é elevado, o que é particularmente efetivo durante escaladas e flexões em barra. Por outro lado, o tronco é movido anteriormente, ex.: útil durante a prática de ski.
Respiração
Uma terceira importante função do músculo é auxiliar durante a respiração. A ativação do músculo latíssimo do dorso dos dois lados causa uma compressão da caixa torácica, facilitando a expiração (músculo acessório da expiração). Por tal razão o músculo é particularmente forçado durante ataques de tosse (“músculo da tosse”).
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Notas Clinicas
Paralisia
Danos ao plexo braquial podem paralisar o nervo toracodorsal e assim afetar o latíssimo do dorso. Em comparação, uma lesão isolada desse nervo (ex.: por trauma) ocorre muito raramente. Sinais clínicos são a ausência de um relaxamento muscular nas costas e na prega axilar posterior. No dia a dia a paralisia do músculo pode causar uma fraqueza leve do ombro, entretanto usualmente o défice é bem compensado pelo restante da musculatura do ombro.
Reconstrução Cirúrgica
O latíssimo do dorso é frequentemente utilizado para reconstrução cirúrgica do tronco anterior, ex.: após mastectomia ou lesões maiores da mama. Assim ele é removido de sua origem e implantado no tronco anterior juntamente com a pele, tecido adiposo subcutâneo e um implante artificial (se necessário). Nesse processo o músculo é rodado ao redor do feixe neurovascular na axila posterior, e devido a tal fato o músculo ainda é bem nutrido apesar de sua transferência. Esse chamado retalho/enxerto pediculado musculocutâneo do latíssimo do dorso é um dos métodos mais comuns de reconstrução da mama mundialmente.
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Kim Bengochea, Universidade de Regis, Denver