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Meninges, ventrículos e suprimento sanguíneo do cérebro

Videoaula recomendada: Ventrículos do cérebro [11:26]
Sistema ventricular do cérebro e estruturas vizinhas.
Meninges cranianas - vista superior

Sabemos que não podemos viver sem nosso sistema nervoso central (SNC). Mas você sabia que as estruturas que circundam o cérebro e a medula espinhal são igualmente importantes? Isto é, as meninges, os ventrículos do cérebro, o líquido cefalorraquidiano (LCR) e suprimento sanguíneo. Juntos, eles formam o sistema de manutenção do cérebro.

Meninges, ventrículos e vasos do cérebro frequentemente são confusos para os estudantes. E é por isso que resolvemos reunir todos estes temas em um só lugar, introduzindo você à sua anatomia e função. Aproveite o passeio. 

Fatos importantes sobre as meninges, os ventrículos e o suprimento sanguíneo do cérebro
Meninges As três membranas que envolvem e protegem as superfícies do cérebro e da medula espinhal.
As meninges são: dura-máter, pia-máter e aracnoide.
Ventrículos Um sistema de espaços interligados no cérebro através do qual o líquido cefalorraquidiano circula.
Os ventrículos são: dois ventrículos laterais, terceiro ventrículo e quarto ventrículo.
Suprimento sanguíneo Artéria carótida interna (circulação anterior), artéria vertebral (circulação posterior) e sua rede anastomótica hexagonal chamada polígono de Willis
Conteúdo
  1. Meninges
  2. Sistema Ventricular
  3. Líquido Cefalorraquidiano
    1. Cisternas Subaracnóideas 
  4. Suprimento Sanguíneo do Cérebro
    1. Artérias do Cérebro
    2. Círculo (polígono) de Willis
    3. Veias do Cérebro
    4. Seios Venosos Durais 
    5. Barreira Hematoencefálica 
  5. Referências
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Meninges

Meninges são as três camadas de membranas que circundam o cérebro e a medula espinhal. A sua função é proteger o sistema nervoso central, sustentar os vasos sanguíneos e formar uma cavidade preenchida por LCR. De superficial para profundo, elas são:

Dura-máter é a meninge mais externa e localiza-se diretamente abaixo do crânio. Ela é formada por duas membranas; uma periosteal externa, que é bastante aderente ao crânio, e uma meníngea interna.

A aracnoide é a meninge do meio. Ela se encontra logo abaixo da dura-máter, mas sem estar aderida a ela. Em alguns pontos, a aracnoide possui protrusões para dentro da dura-máter, chamadas de granulações aracnóideas. Estas estruturas permitem o efluxo do LCR.

A pia-máter é a camada mais profunda e se adere aos tecidos do cérebro, entrando em seus sulcos e fissuras. Juntas, a aracnoide e a pia-máter são conhecidas como “leptomeninges”. A membrana interna da dura-máter, a aracnoide e a pia-máter atravessam o forame magno para circundar a medula espinhal, formando as meninges espinhais.  

Domine as meninges do cérebro visitando os materiais abaixo!

Existem três espaços entre as meninges. O espaço epidural (extradural), um espaço virtual entre as duas membranas da dura-máter, o espaço subdural, um espaço virtual entre a dura-máter e a aracnoide e o espaço subaracnóideo, um espaço real entre a aracnoide e a pia-máter. O espaço subaracnóideo contém vasos cerebrais e líquido cefalorraquidiano (LCR).   

As duas membranas da dura-máter são separadas em quatro pontos por septos, formando os seios venosos durais. Os quatro septos fibrosos são: 

  • Foice do cérebro: separa os hemisférios cerebrais esquerdo e direito e contém os seios sagitais superior e inferior
  • Tenda do cerebelo: separa o cérebro do cerebelo e contém os seios transverso, reto e petroso superior
  • Foice do cerebelo: separa os dois hemisférios cerebelares e contém o seio occipital
  • Diafragma da sela: forma um teto sobre a fossa hipofisária, onde a glândula pituitária se localiza, e contém os seios intracavernosos anterior e posterior.

Agora é um bom momento para testar seus conhecimentos sobre as meninges do sistema nervoso central.

Sistema Ventricular

O sistema ventricular é uma rede de cavidades preenchidas com líquido cefalorraquidiano (ventrículos) dentro do cérebro.

Existem quatro ventrículos:

  • Dois ventrículos laterais dentro dos lobos do cérebro 
  • Terceiro ventrículo encontrado entre os tálamos 
  • Quarto ventrículo localizado sobre a ponte e a medula e abaixo do cerebelo 

Estes ventrículos são conectados por forames através do qual o LCR passa.

  • Forame interventricular (de Monro) entre os ventrículos laterais e o terceiro ventrículo
  • Aqueduto cerebral (de Sylvius) entre o terceiro e o quarto ventrículos
  • Duas aberturas laterais (de Luschka) entre o quarto ventrículo e a cisterna magna
  • Abertura mediana (de Magendie) entre o quarto ventrículo e o canal central da medula espinhal

Solidifique seu conhecimento sobre o sistema ventricular do cérebro com estes ótimos materiais de estudo que temos para você.

Líquido Cefalorraquidiano

O líquido cefalorraquidiano (LCR) circula nos ventrículos, espaço subaracnóideo do encéfalo e da medula e canal central da medula espinhal. A sua função é absorção de força mecânica, funcionando como um coxim, proteção o SNC e transporte de nutrientes ao tecido nervoso. Além disso, ele remove resíduos metabólicos do tecido neural, permite o transporte de neurotransmissores e neuromoduladores e pode ser uma ferramenta diagnóstica muito útil em algumas doenças do SNC.

O LCR é produzido por um tecido especializado chamado plexo coróideo, que é encontrado nas paredes dos ventrículos (terceiro, quarto e laterais). A produção do LCR é igual à sua drenagem, então sempre há cerca de 150 mL de LCR circulando no sistema ventricular. 

Como ocorre a circulação? O líquido cefalorraquidiano passa dos ventrículos laterais para o terceiro ventrículo através do forame interventricular (de Monro). Do terceiro ventrículo, o LCR passa pelo aqueduto cerebral (de Sylvius) para o quarto ventrículo.

Do quarto ventrículo, parte do LCR passa através de uma estreita passagem denominada óbex e entra do canal central da medula. A maior parte restante passa através da abertura mediana no quarto ventrículo (de Magendie) e das duas aberturas laterais (de Luschka) e entra nas cisternas interpeduncular e subaracnóidea. Dali, o líquido cefalorraquidiano flui para o espaço subaracnóideo ao redor do encéfalo e da medula espinhal e, finalmente, é reabsorvido nos seios venosos durais pelas granulações aracnóideas.  

Cisternas Subaracnóideas 

Cisternas cerebrais, por definição, são expansões localizadas no espaço subaracnóideo, onde o líquido cefalorraquidiano circula. 

As principais cisternas são:

  • Cisterna magna (cisterna cerebelo medular)
  • Cisterna pontina
  • Cisterna quiasmática
  • Cisterna quadrigeminal
  • Cisterna interpeduncular
  • Cisterna ambiens
  • Cisterna crural ou carotídea
  • Cisterna da fossa cerebral lateral (cisterna silviana)
  • Cisterna cerebelo-pontina
  • Cisterna da lâmina terminal
  • Cisterna lombar (L1-S2); com significado clínico, pois é o local da punção lombar (extração de LCR para análise)

Quer aprender mais sobre as cisternas subaracnóideas? Visite os recursos seguintes.

Agora é hora de testar se você aprendeu sobre as cisternas subaracnóideas do cérebro:

Suprimento Sanguíneo do Cérebro

Considerando suas funções vitais, entendemos porque o sistema nervoso central possui uma alta demanda de sangue rico em oxigênio e adequada drenagem de sangue desoxigenado. O conhecimento da rede vascular do SNC é necessário, uma vez que distúrbios mínimos do suprimento sanguíneo no SNC podem causar danos significativos e ameaçar a vida. 

Para se aprofundar mais nos seus estudos sobre o suprimento sanguíneo do cérebro, verifique nossos materiais disponíveis abaixo:

Artérias do Cérebro

O suprimento arterial do cérebro vem de duas fontes:

As artérias carótidas internas sobem na porção anterior do pescoço e entram no crânio através do canal carotídeo do osso temporal. Dentro do crânio elas correm anteriormente, ramificando-se nas artérias cerebrais anterior e média. As artérias vertebrais também começam na base do pescoço. Elas passam pelos forames transversos, aberturas nos processos transversos, das vértebras C1-C6. Entram no crânio através do forame magno e se juntam para formar a artéria basilar, que subsequentemente se divide nas artérias cerebrais posteriores.

Os ramos da carótida interna e das artérias vertebrais se anastomosam uns com os outros na base do cérebro, formando um círculo de vasos denominado círculo (polígono) de Willis. A medula espinhal é suprida por ramos das artérias vertebrais, bem como por ramos da aorta

As artérias do cérebro vão ser assunto fácil depois que você praticar utilizando nossos exercícios sobre as artérias do cérebro abaixo:

Círculo (polígono) de Willis

O círculo (polígono) de Willis, oficialmente denominado “círculo cerebral arterial” é uma anastomose vascular hexagonal na base do crânio. Ele tem duas fontes principais. A primeira é composta pelas duas artérias carótidas internas e seus ramos - artérias cerebrais anteriores e médias. A segunda é a artéria basilar, formada pela junção das artérias vertebrais, e seus ramos - artérias cerebrais posteriores.

Quer aprender a indentificar as artérias do polígono de Willis? Comece com a nossa apostila de exercícios sobre a anatomia do polígono de Willis.

As artérias cerebrais anteriores se unem anteriormente pela artéria comunicante anterior, completando assim o círculo arterial.

Círculo de Willis - vista inferior

As principais artérias que suprem o cérebro, cerebelo, tronco encefálico e medula espinhal se originam deste círculo, como as artérias cerebral, cerebelar e espinhal.

Fatos importantes sobre o suprimento sanguíneo do cérebro
Cérebro Artéria cerebral anterior
Artéria cerebral média
Artéria cerebral posterior
Tronco encefálico Artéria cerebral posterior
Artéria basilar
Artéria vertebral
Artéria cerebelar superior
Artéria cerebelar ântero-inferior
Artéria cerebelar póstero-inferior
Artéria espinhal anterior
Cerebelo Artéria cerebelar superior
Artéria cerebelar ântero-inferior
Artéria cerebelar póstero-inferior
Medula espinhal Artéria espinhal anterior
Artérias espinhais posteriores

Veias do Cérebro

A drenagem venosa do cérebro ocorre através de um sistema de veias cerebrais e cerebelares, que drenam nos seios venosos durais. Os seios venosos durais se esvaziam nas veias jugulares internas que, juntas com as veias jugulares externas (que drenam o couro cabeludo e a face), levam o sangue da cabeça e do pescoço de volta ao coração.

As estruturas superficiais da cabeça, como partes do couro cabeludo e do crânio, também são drenadas para seios venosos durais através das veias emissárias e epiplóicas. A medula espinhal é drenada por uma rede de veias epidurais chamadas de plexo venoso vertebral (plexo de Batson). 

As veias do cérebro são divididas em veias superficiais e profundas. Veias superficiais, como a veia cerebral média superficial, drenam a superfície do cérebro para os seios venosos durais através de uma rede de pequenas veias em ponte.Veias profundas drenam a massa encefálica profunda, seja para os seios venosos durais ou para as veias cerebrais superficiais. As veias mais profundas são a veia basal e a veia cerebral interna, que se unem para formar a veia cerebral magna (de Galeno). A veia cerebral magna se funde com o seio sagital inferior, formando o seio reto. Você pode aprender sobre a anatomia das veias cerebrais aqui.

Seios Venosos Durais 

Os seios venosos durais são espaços encontrados entre as duas camadas da dura-máter. Ao contrário dos espaços subaracnóideos, previamente mencionados, que contêm líquido cefalorraquidiano, os seios venosos durais contêm sangue venoso. Veias superficiais e profundas do cérebro drenam nestes seios, seja direta ou indiretamente, assim como uma pequena quantidade de LCR através das granulações aracnóideas. Os seios venosos durais drenam o sangue do cérebro para as veias jugulares internas.

Existem dois grupos de seios: grupo superior e inferior. O grupo superior contêm:

  • Seio sagital superior - localizado na porção superior da foice do cérebro
  • Seio sagital inferior - localizado na porção inferior da foice do cérebro
  • Seio reto - encontrado na tenda do cerebelo 
  • Seio transverso - localizado na tenda do cerebelo
  • Seios sigmóides - encontrados na porção anterior da tenda do cerebelo, de onde eles drenam para as veias jugulares internas 
  • Seio petroescamoso - encontrado ao longo da junção das partes petrosa e escamosa do osso temporal
  • Seio occipital - localizado na parte posterior da foice do cerebelo
  • Confluência dos seios - encontrado lateralmente à protuberância occipital interna do osso occipital. Os seios sagital superior, reto e occipital drenam para a confluência dos seios. 

Aprenda tudo sobre a anatomia dos seios venosos durais aqui.

O grupo inferior de seios durais inclui:

  • Seio cavernoso - formado pelas principais veias da base do crânio 
  • Seios intercavernosos anterior e posterior - encontrados ao redor da glândula pituitária com uma drenagem especial 
  • Seio petroso superior - encontrado em um sulco na parte petrosa do osso temporal
  • Seio petroso inferior - localizado na junção da parte petrosa do osso temporal com o osso occipital
  • Plexo basilar - encontrado na parte basilar do osso occipital. Ele conecta os seios petrosos inferiores direito e esquerdo

Vamos praticar? Verifique nossos testes sobre os seios venosos durais:

Barreira Hematoencefálica 

Barreira hematoencefálica se refere a uma parede entre o tecido nervoso e os vasos sanguíneos. Microscopicamente ela é formada pelo endotélio dos vasos sanguíneos, membrana basal capilar, membrana basal glial e processos das células gliais. A integridade da barreira hematoencefálica é essencial para o bom funcionamento do SNC, uma vez que ela tem duas funções importantes:

  1. Previne solutos e moléculas grandes de passarem da circulação para o SNC
  2. Restringe a maior parte das células do sistema imune de entrar no cérebro e causar dano inflamatório ao tecido cerebral

A barreira é muito permeável às substâncias lipossolúveis e tem mecanismos de transporte de nutrientes, como a glicose, que é essencial ao cérebro.

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Kim Bengochea Kim Bengochea, Universidade de Regis, Denver
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