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Baço

Videoaula recomendada: Baço [11:00]
Estrutura geral do baço.

O baço é o maior órgão do sistema linfático, uma subdivisão do sistema imunológico. A rede de trabéculas, vasos sanguíneos e tecido linfoide que formam o órgão, compõem um ambiente onde os linfócitos proliferam e os eritrócitos danificados são reciclados.

Embora possa parecer dispensável, pois é possível viver sem ele, o baço está constantemente filtrando o sangue para detectar a presença de microorganismos. Além disso, ele também contém um grande reservatório de sangue que pode ser bombeado de volta para a circulação, se necessário.

Informações importantes sobre o baço
Definição Órgão linfático intraperitoneal encontrado do lado esquerdo do abdome, inferiormente ao diafragma
Localização Hipocôndrio esquerdo (quadrante superior esquerdo)
Estrutura Cápsula, trabéculas, polpa branca, polpa vermelha
Função Vigilância imunológica, proliferação e maturação dos linfócitos, degradação de eritrócitos senescentes e danificados
Vascularização e inervação Artéria: artéria esplênica
Veia: veia esplênica
Linfonodo: linfonodo celíaco
Inervação: plexo celíaco
Notas clínicas Esplenectomia, ruptura do baço

Este artigo abordará a anatomia e a função do baço.

Conteúdo
  1. Localização do baço
  2. Anatomia
    1. Ligamentos esplênicos
  3. Anatomia microscópica
  4. Vascularização
  5. Drenagem linfática
  6. Inervação
  7. Função
  8. Notas clínicas
    1. Esplenectomia
    2. Ruptura do baço
  9. Referências
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Localização do baço

Para melhor detalhar a localização do baço, descreveremos suas relações anatômicas. O baço encontra-se no hipocôndrio esquerdo do abdome (quadrante superior esquerdo). Mais precisamente, ele está localizado posteriormente ao estômago e anteriormente ao hemidiafragma esquerdo, ao nível das costelas 9-10. Medialmente ao baço encontra-se o rim esquerdo; superiormente, o diafragma; e inferiormente ele repousa diretamente sobre a flexura cólica esquerda (flexura esplênica).

Embora o baço possa descer até a sínfise púbica, como acontece no linfoma de células do manto, ele normalmente não se estende além do arco costal esquerdo e, portanto, não é palpável em indivíduos saudáveis.

Anatomia

O baço é um órgão roxo do tamanho de um punho. É envolvido por uma cápsula fibroelástica que permite o aumento significativo do seu tamanho quando necessário. É um órgão intraperitoneal, de modo que todas as suas superfícies estão recobertas por peritônio visceral. Apenas o hilo do baço, o local por onde passa a artéria e veia esplênicas, é livre de peritônio.

Os órgãos adjacentes ao baço deixam impressões em sua superfície que podem ser facilmente observadas e descritas.

  • Superfície diafragmática (lateral): inclina-se sobre a porção adjacente do diafragma, portanto é ligeiramente convexa para se encaixar perfeitamente na concavidade do hemidiafragma esquerdo. Esta superfície também mostra impressões das costelas 9-11. 
  • Superfície medial do baço: possui três áreas de impressão. A área cólica é a impressão da flexura cólica esquerda, a área gástrica é a impressão do estômago e a área renal é a impressão do rim esquerdo. O hilo esplênico pode ser encontrado na região central dessa superfície.

O baço possui três margens (superior, inferior e anterior), assim como duas extremidades (anterior e posterior). A margem superior limita a área gástrica, a margem inferior limita a área renal e a margem anterior limita a área cólica.

Ligamentos esplênicos

Os ligamentos esplênicos são três. Eles se originam de estruturas vizinhas e seguem até o baço. Dois desses ligamentos se conectam ao hilo esplênico e são atravessados ​​pelos vasos esplênicos. O ligamento gastroesplênico conecta o hilo à curvatura maior do estômago, e contém os vasos gástricos curtos e as artérias e veias gastromentais (gastroepiplóicas). O ligamento esplenorrenal conecta o hilo esplênico ao rim esquerdo, e transporta a artéria e a veia esplênicas. Por último, o baço repousa no ligamento frenocólico, que se origina no cólon e também é conhecido como sustentaculum lienis.

Para solidificar seu conhecimento sobre a anatomia do baço, dê uma olhada nos nossos materiais. Nosso teste foi especialmente elaborado para abordar todos os conhecimentos mais importantes sobre a anatomia do baço, sua microestrutura e suas relações anatômicas.

Anatomia microscópica

É importante entender a anatomia microscópica do baço para compreender a sua função. Numerosos septos chamados de trabéculas se estendem desde o tecido conjuntivo denso fibroelástico irregular da cápsula até o parênquima do baço. Tanto a cápsula como as trabéculas contêm células mioepiteliais que têm a capacidade de se contrair. Como o baço armazena uma quantidade significativa de sangue, quando o corpo necessita, as células mioepiteliais se contraem, bombeando o sangue armazenado para o sistema circulatório. Isso acontece, por exemplo, durante atividade física intensa ou em uma hemorragia maciça.

O parênquima do baço é chamado de polpa. Com base na coloração da polpa em cortes a fresco, podemos distinguir a polpa branca e a polpa vermelha. A polpa branca é o principal tecido linfoide do baço, representando o acúmulo de linfócitos ao redor de um vaso arterial. Esta agregação de linfócitos constitui o tecido linfático conhecido como bainha linfática periarterial (BLPA), que é a primeira a reagir caso cheguem ao baço microorganismos através da corrente sanguínea. Os vasos arteriais centrais nos nódulos da BLPA são ramos da artéria esplênica.

A polpa vermelha consiste em seios venosos e cordões esplênicos (de Billroth), com um revestimento de macrófagos esplênicos ao redor dos seios. A artéria central da BLPA continua a partir da polpa branca e entra na polpa vermelha como um capilar. Esses capilares drenam para os cordões esplênicos, onde os macrófagos fagocitam os eritrócitos velhos e danificados. A partir daí, o sangue se difunde nos seios esplênicos, retornando assim, à circulação venosa.

Aperfeiçoe seus conhecimentos sobre a microanatomia e a histologia do baço com o teste a seguir.

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Vascularização

O suprimento arterial do baço vem da tortuosa artéria esplênica, que alcança o órgão à medida que segue através do ligamento esplenorrenal. Essa artéria emerge do tronco celíaco, que é um ramo da aorta abdominal.

A drenagem venosa do baço ocorre através da veia esplênica, que também recebe sangue da veia mesentérica inferior. Posteriormente ao colo do pâncreas, a veia esplênica se une à veia mesentérica superior para formar a veia porta hepática.

Drenagem linfática

Os linfonodos esplênicos encontram-se no hilo e recebem linfa através dos vasos linfáticos perivasculares e subcapsulares. Em seguida, drenam para os linfonodos pancreáticos superiores (pancreaticosplênicos) encontrados na superfície superior do pâncreas. A partir daí, a linfa é drenada para os linfonodos celíacos.

Confira nossos materiais para solidificar seu conhecimento sobre a vascularização, inervação e drenagem linfática do baço.

Inervação

O baço é inervado pelos nervos autônomos do plexo celíaco, que fornecem ao baço tanto nervos simpáticos como parassimpáticos. Esses nervos formam o plexo esplênico, que chegam ao hilo esplênico cursando ao longo da artéria esplênica e seus ramos.

Função

O baço é um órgão linfoide secundário. Isso significa que o baço filtra o sangue e apresenta partículas estranhas (antígenos) aos linfócitos esplênicos. Desta forma, o baço estimula a maturação e a ativação dos linfócitos.

Ao filtrar o sangue, o baço também recicla eritrócitos senescentes e danificados. Em indivíduos saudáveis, aproximadamente um terço do total de plaquetas (trombócitos) é armazenado no baço. Nas doenças que resultam em aumento do baço (esplenomegalia), a quantidade de plaquetas sequestradas no baço aumenta até 90%, resultando em trombocitopenia (um baixo número de plaquetas no sangue circulante). Quando a trombocitopenia é grave, pode resultar em sangramento espontâneo, o que pode ser muito perigoso, especialmente se ocorrer no sistema nervoso central.

Nos fetos o baço é o local onde ocorre a hematopoiese, o que significa que ele é o local de formação de células sanguíneas até que a medula óssea se torne competente para assumir esse processo.

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Kim Bengochea Kim Bengochea, Universidade de Regis, Denver
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