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Estômago

Videoaula recomendada: Histologia do estômago [34:24]
Um olhar completo do estômago visto sob o microscópio.

O estômago é um órgão do sistema digestório especializado em acumular e digerir a comida que ingerimos.

Ele pode ser dividido em quatro partes, possui duas curvaturas e recebe seu suprimento sanguíneo principalmente pelo tronco celíaco. A inervação é feita pelo nervo vago e pelo plexo celíaco.

Graças ao estômago e ao potente ácido clorídrico que ele contém, todo ser humano é, tecnicamente, capaz de corroer metal. Além disso, a natureza expansível desse órgão nos permite engajar em novos hobbies, como, por exemplo, competições de comida. 

Informações importantes sobre o estômago
Relações anatômicas Anteriormente: diafragma, fígado (lobo esquerdo) e parede abdominal anterior
Posteriormente:
bolsa omental (saco menor), pâncreas, rim esquerdo e glândula suprarrenal, baço e artéria esplênica
Superiormente:
esôfago e diafragma
Inferior e lateralmente:
mesocólon transverso
Partes  Cárdia, fundo, corpo e piloro
Funções Digestão química e mecânica, absorção, secreção de hormônios
Camadas  Mucosa, submucosa, muscular externa e serosa
Vascularização Artérias gástricas, gastromentais, gástricas curtas, gástricas posteriores e artéria gastroduodenal
Inervação Parassimpática: nervo vago (NC X)
Simpática:
plexo celíaco (T5-T12)
Drenagem linfática Linfonodos gástricos, gastromentais e pilóricos
Nota clínica Hérnia de hiato 

Neste artigo vamos discorrer sobre a anatomia do estômago, explorando aspectos tais como sua localização na cavidade abdominal e relações anatômicas com estruturas adjacentes, sua função, sua anatomia microscópica, sua vascularização e sua inervação. 

Conteúdo
  1. Anatomia
    1. Localização
    2. Partes
  2. Função
  3. Anatomia microscópica
  4. Vascularização
  5. Inervação
  6. Drenagem linfática
  7. Nota clínica
    1. Hérnia de hiato
  8. Referências
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Anatomia

Localização

O estômago é a parte mais dilatada do aparelho digestório e se localiza entre o esôfago e o duodeno. Mais precisamente, o estômago é a região entre os orifícios cárdico e pilórico do trato gastroduodenal. Ele é coberto pelo peritônio, que também o conecta a outros órgãos abdominais. O omento menor se estende do fígado à curvatura menor de estômago, e depois se estende ao redor desse órgão. O omento maior se origina na curvatura maior do estômago e então continua inferiormente, pendendo como uma cortina para cobrir a maior parte das vísceras abdominais. O peritônio tem um trajeto confuso, e visualizá-lo é a melhor forma de entendê-lo completamente. Estude o material abaixo para evitar que você fique confuso. Ele faz um resumo de todo o sistema digestório!

O estômago está localizado dentro da cavidade abdominal em uma pequena área chamada de leito do estômago, na qual o órgão se apoia quando o indivíduo está numa posição de supina (deitado de barriga para cima). Entretanto, dependendo da posição da pessoa, do seu biotipo, e até do conteúdo do estômago (vazio ou cheio após uma refeição), ele pode se posicionar em várias regiões do abdome, incluindo na epigástrica, umbilical, hipocôndrio esquerdo e flanco esquerdo. O estômago estabelece contato com várias estruturas vizinhas e possui relações anatômicas precisas com elas

Relações anatômicas do estômago
Anteriormente Diafragma , fígado (lobo esquerdo) e parede abdominal anterior
Posteriormente Bolsa omental (saco menor), pâncreas, rim esquerdo, glândula suprarrenal esquerda, baço e artéria esplâncnica
Superiormente Esôfago e diafragma
Inferior e lateralmente Mesocólon transverso

Partes

O estômago é formado por várias partes anatômicas importantes. As quatro principais divisões do estômago são: a cárdia, o fundo, o corpo e o piloro. Como o nome indica, a cárdia circunda o óstio cárdico, que é a abertura entre o esôfago e o estômago. É a primeira parte do estômago onde chega a comida que ingerimos, representando a região de entrada do órgão. O fundo é a dilatação na região superior do estômago, localizado superiormente a um plano horizontal que passa pelo óstio cárdico.

A seguir temos o corpo do estômago, ou corpo gástrico, que é a maior parte do órgão, estendendo-se entre o fundo gástrico e o antro pilórico. E finalmente, a parte pilórica, que representa a saída do estômago, por onde o conteúdo alimentar passa para o duodeno. A parte pilórica pode ser dividida em duas áreas distintas - o antro pilórico, que é a parte mais larga imediatamente após o corpo gástrico; e o canal pilórico, uma parte mais estreita que leva ao duodeno. O conteúdo alimentar que passa pelo canal pilórico entra no duodeno através do óstio pilórico, cujo tamanho é controlado pelo esfíncter pilórico (piloro), uma camada circular de musculatura lisa

O estômago é apenas um dos vários órgãos do sistema digestório. Comece a aprender a anatomia do sistema digestório com os nossos testes interativos e apostilas de exercícios.

Como você deve ter notado na ilustração do estômago mostrada acima, o órgão tem uma forma de J característica, criada por duas curvaturas desiguais. A curvatura mais longa e convexa está localizada à esquerda do estômago e é chamada de curvatura maior. Ela se inicia na incisura cárdica, formada entre a borda distal do esôfago e o fundo gástrico. Já a curvatura mais curta encontrada do lado direito é a curvatura menor. Ela contém uma pequena incisura chamada de incisura angular, que marca a linha de interseção entre o corpo e a parte pilórica do estômago.

Agora, para consolidar seu conhecimento sobre as partes do estômago, dê uma olhada no teste abaixo!

Função

A principal função do estômago é a digestão mecânica e química da comida ingerida. O bolo alimentar proveniente do esôfago entra no estômago através do óstio cárdico, caindo em sua luz. As contrações musculares repetitivas do órgão amassam as partículas de comida, quebrando-as em fragmentos menores que são misturados ao suco gástrico. Várias enzimas e o ácido clorídrico (pH 1.2), presentes nesse suco, fragmentam o alimento ainda mais, formando uma substância semilíquida chamada de quimo. A peristalse gástrica ajuda a conduzir o quimo para o duodeno através do óstio pilórico. Por ser um órgão muscular, o estômago pode se distender bastante, acumulando entre 2 e 3 litros de conteúdo alimentar. 

Além da digestão, o estômago também está envolvido, em pequena parte, na absorção dos alimentos. Especificamente, ele pode absorver água, cafeína e uma pequena proporção de etanol ingerido. O estômago também tem um papel no controle das secreções produzidas pelo trato digestório e em sua motilidade através da secreção de vários hormônios, como a gastrina, a colecistoquinina (CKK), a secretina e o peptídeo inibidor gástrico (GIP).

Anatomia microscópica

O estômago apresenta quatro camadas histológicas, de interna para externamente denominadas: mucosa, submucosa, muscular externa e serosa.

Quando o estômago está vazio ou com pouca quantidade de comida, ele fica em um estado contraído e encolhido. A mucosa assume um aspecto enrugado, formando cristas chamadas de dobras ou pregas gástricas. Após uma refeição, quando o órgão se distende, as pregas gástricas desaparecem. Ao longo da curvatura menor do estômago, um sulco contínuo se forma temporariamente durante a deglutição, entre as pregas gástricas. Esse sulco é chamado de canal gástrico e, através dele, saliva, fluidos e pequenas quantidades de alimento mastigado drenam para o canal pilórico quando o estômago está mais vazio.

A mucosa é formada por epitélio colunar simples revestido por uma camada de muco alcalino protetor. A camada epitelial contém numerosas invaginações, conhecidas como criptas gástricas, que se estendem mais profundamente formando estruturas denominadas glândulas gástricas. De acordo com a parte do estômago em que se localizam, essas glândulas são formadas por diferentes tipos celulares. As células caliciformes produzem o muco protetor, enquanto as células parietais secretam o ácido clorídrico. As células principais secretam pepsinogênio, um precursor inativo que é convertido na enzima ativa pepsina em um ambiente de baixo pH. Por sua vez, as células neuroendócrinas liberam os vários hormônios que foram mencionados previamente. 

Glândulas gástricas. Coloração: HE (grande aumento).

A próxima camada é a submucosa. Ela é formada por tecido conjuntivo frouxo e contém vasos sanguíneos e nervos. 

A terceira camada é denominada muscular externa e é formada por três subcamadas de músculo liso. Da camada mais interna para a mais externa, elas são chamadas de oblíqua interna, circular média e longitudinal externa. A camada oblíqua interna está presente em todo o órgão e age junto com as outras camadas para gerar os movimentos físicos e contrações que auxiliam na digestão mecânica realizada pelo estômago. A camada circular média está disposta concentricamente ao eixo longo do estômago e tem um importante papel na formação do esfíncter pilórico. A camada longitudinal externa se concentra entre as duas curvaturas do estômago em uma disposição longitudinal. Por último, mas não menos importante, a camada serosa, que nada mais é do que o peritônio visceral, reveste o estômago externamente..  

Avalie seu conhecimento sobre as estruturas microscópicas do estômago com o nosso teste abaixo:

Dê uma olhada nos conteúdos a seguir para sedimentar seus conhecimentos sobre a anatomia microscópica do estômago:

Vascularização

A irrigação do estômago é realizada por vasos sanguíneos que se originam da aorta abdominal. Esses vasos formam duas redes anastomóticas ao longo das curvaturas maior e menor, dando origem a vários ramos diretos. A anastomose ao longo da curvatura menor se origina da união das artérias gástricas direita e esquerda, que se originam da artéria hepática comum e do tronco celíaco, respectivamente. A anastomose da curvatura maior é formada pela união das artérias gastromentais (gastroepiploicas) direita e esquerda, que se originam das artérias gastroduodenal e esplênica, respectivamente.  

Artérias do estômago - vista anterior

A artéria esplênica também dá origem às artérias gástricas curtas e à artéria gástrica posterior, que suprem diretamente o fundo e a parte superior do corpo do estômago. A parte pilórica é vascularizada pela artéria gastroduodenal, que é um ramo da artéria hepática comum. As veias que drenam o estômago seguem as artérias de nomes correspondentes. Elas drenam para três grandes veias: porta, esplênica e mesentérica superior.

Quer aprender melhor o trajeto de cada vaso sanguíneo relacionado à vascularização do estômago? Aprenda mais com os seguintes recursos. 

Inervação

O estômago recebe inervação do sistema nervoso autônomo (SNA). A inervação parassimpática é proveniente dos troncos vagais anterior e posterior, ramos dos nervos vagos (NC X) esquerdo e direito, respectivamente. O tronco vagal anterior inerva principalmente uma porção da superfície anterior do estômago, bem como o piloro. O tronco vagal posterior, que é maior, inerva o restante da superfície anterior, bem como toda a superfície posterior. A inervação parassimpática é responsável por induzir a secreção gástrica e a peristalse, bem como por relaxar o esfíncter pilórico durante o esvaziamento gástrico. O nervo vago também conduz as sensações de dor e plenitude gástricas, além da náusea. 

A inervação simpática, por sua vez, é realizada pelo plexo celíaco. Os impulsos nervosos originam-se do 5.º ao 12.º nervos espinais (T5-T12) e seguem até o plexo celíaco através dos nervos esplâncnicos maiores. A inervação simpática é responsável por inibir a motilidade gástrica e contrair o esfíncter pilórico, prevenindo assim o esvaziamento gástrico. Mais informações sobre a inervação do estômago, são fornecidas abaixo:

Drenagem linfática

Linfonodos do estômago - vista anterior

Os vasos linfáticos que drenam as faces anterior e posterior do estômago estão localizados ao longo dos vasos sanguíneos nas curvaturas maior e menor do órgão e drenam para os linfonodos gástricos e gastromentais. A parte pilórica é drenada pelos linfonodos pilóricos superior e inferior. Os vasos eferentes desses linfonodos seguem os grandes vasos até os linfonodos celíacos, que estão localizados ao redor do tronco celíaco. 

Para mais detalhes sobre a drenagem linfática do estômago, dê uma olhada no link abaixo:

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Kim Bengochea Kim Bengochea, Universidade de Regis, Denver
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