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Vasos sanguíneos do abdome e da pelve

Videoaula recomendada: Artérias do pâncreas, duodeno e baço [20:45]
Artérias que vascularizam o pâncreas, o duodeno e o baço.

Uma vez que o abdome e a pelve contêm a maior parte dos órgãos internos, estas regiões precisam de ser vascularizadas por uma extensa rede de artérias e veias. Assim sendo, todo o sangue arterial que chega a estas regiões vem de ramos da aorta abdominal, e todo o sangue venoso é eventualmente drenado para a veia cava inferior (VCI).

Você pode imaginar a aorta e a VCI como duas árvores, a partir das quais todos os vasos abdominopélvicos se ramificam. Nesta fase, aprender todos esses ramos pode parecer uma tarefa enfadonha. Por essa razão, esta página irá apresentar todos os ramos de maneira sistemática e fácil de entender, para que você possa aprendê-los de uma vez por todas. 

Fatos importantes sobre os vasos sanguíneos do abdome e da pelve
Fornecimento arterial Ramos parietal e visceral da aorta abdominal
Drenagem venosa Veia cava inferior
*estômago, intestinos, pâncreas e baço drenam primeiro para o fígado via veia porta hepática
Ramos da aorta abdominal Viscerais: tronco celíaco, artéria mesentérica superior, artérias suprarrenais médias, artérias renais, artérias gonadais, artéria mesentérica inferior
Parietais: artéria frênica inferior, artérias lombares, artéria sagrada mediana
Terminais: artérias ilíacas comuns
Tributárias da veia cava inferior Veias lombares, veia gonadal direita, veias renais, veia suprarrenal direita, veias frênicas inferiores, veias hepáticas

Este artigo irá discutir a anatomia das artérias e veias abdominais, assim como uma abordagem topográfica à vasculatura abdominopélvica.

Conteúdo
  1. Aorta abdominal
  2. Veia cava inferior
    1. Veia porta hepática
  3. Parede abdominal
    1. Artérias
    2. Veias
  4. Estômago
  5. Intestinos delgado e grosso
  6. Peritônio
  7. Fígado e vesícula biliar
  8. Pâncreas
  9. Rins
  10. Órgãos reprodutores
  11. Referências
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Aorta abdominal

A aorta abdominal é a continuação da aorta torácica, após o hiato aórtico do diafragma. Uma vez que ela é responsável pelo fornecimento sanguíneo de praticamente tudo no abdome e na pelve, é uma artéria de grande calibre, tão larga quanto uma mangueira de jardim (~ 25mm) e dá numerosos ramos. 

O trajeto da aorta abdominal é bastante simples. Após passar através do hiato aórtico (T12), desce ligeiramente para a esquerda das vértebras lombares, com a veia cava inferior mesmo à sua direita. A aorta termina ao nível de L4, bifurcando-se em artérias ilíacas comuns direita e esquerda.

10 ramos principais da aorta abdominal. Nós podemos separá-los de acordo com a parte do abdome e da pelve que fornecem em ramos: viscerais (órgãos), parietais (paredes abdominais) e terminais. 

Nós criamos um diagrama com os principais ramos da aorta abdominal para facilitar o seu estudo.

Ramos da aorta abdominal - um diagrama

Não fique petrificado se se apercebeu que a aorta tem mais ramos do que você pensava inicialmente. Quando nós dividirmos tudo e olharmos para o fornecimento sanguíneo órgão a órgão, tudo ficará mais claro.

Se você acha que o seu estudo de anatomia está progredindo muito lentamente, saiba quais são os erros comuns que atrasam o seu aprendizado em anatomia e como combatê-los.

Veia cava inferior

A veia cava inferior (VCI) é a diretora do departamento das veias. Ela recolhe todo o sangue do abdome, pelve e membros inferiores e transporta-o para o átrio (aurícula) direita do coração. 
A VCI forma-se pela junção das veias ilíacas comuns direita e esquerda ao nível da vértebra L5, bem na frente da bifurcação aórtica. 

A veia cava inferior depois sobe à direita da aorta abdominal ao longo da coluna vertebral, recebendo sangue de inúmeras tributárias e passando, eventualmente, através do buraco da veia cava do diafragma. Repare que as veias que drenam os órgãos do sistema gastrointestinal não se esvaziam na veia cava inferior. É importante que não se esqueça disto! Continue a ler este artigo para descobrir mais sobre a drenagem venosa destes órgãos. 

Mas antes disso, caso esteja interessado em expandir o seu conhecimento sobre a anatomia da veia cava inferior, assista à videoaula que selecionamos para si.

Veia porta hepática

A veia porta hepática é uma veia que recebe todo o sangue venoso proveniente do estômago, intestino delgado, intestino grosso, pâncreas e baço. Ela surge da confluência das veias mesentérica superior e esplénica, posteriormente ao colo do pâncreas. Ela entre no fígado através da tríade portal em conjunto com a artéria hepática e o ducto colédoco. Uma vez processado e desintoxicado no fígado, o sangue venoso proveniente da veia porta hepática abandona o fígado através das veias hepáticas, que posteriormente drenam para a veia cava inferior.

Aprenda mais sobre esta veia especial aqui.

Quando há uma obstrução do sistema porta, por exemplo, devido a cirrose do fígado, o sangue pode ser desviado do fígado para veias sistêmicas através de anastomoses portossistêmicas. Estas ocorrem entre os vasos que alimentam a veia porta e as veias sistêmicas vizinhas, como a veia esplênica para a veia renal esquerda. Isto ajuda a reduzir a pressão venosa portal durante a hipertensão portal. Apesar de isto ser útil durante um curto período de tempo, contornar o fígado pode ser perigoso, uma vez que significa saltar o processo de desintoxicação.

Que tal consolidar os seus conhecimentos sobre a veia porta? Faça os nossos testes:

Parede abdominal

Agora que nós já percebemos o início (aorta abdominal) e o fim (veia cava inferior) da circulação abdominopélvica, vamos preencher os espaços, olhando para o fornecimento sanguíneo e drenagem venosa das diferentes partes desta região, começando pela parede abdominal

Artérias

O suprimento arterial da parede abdominal provém dos seguintes vasos:

  • Artéria epigástrica superior, um ramo da artéria torácica interna
  • Artéria epigástrica inferior, um ramo da artéria ilíaca externa
  • Artérias superficiais ilíaca circunflexa e epigástrica, ramos da artéria femoral
  • 10ª e 11ª artérias intercostais e artéria subcostal
  • Artérias lombares, ramos da aorta abdominal

Veias

A drenagem venosa segue um padrão semelhante:

  • Veia epigástrica superior, uma tributária da veia torácica interna
  • Veias epigástrica inferior e ilíaca circunflexa profunda, tributárias da veia ilíaca externa
  • Veias superficiais ilíaca circunflexa e epigástrica, tributárias das veias femoral e safena maior
  • 10ª e 11ª veias intercostais e veia subcostal
  • Veias lombares, tributárias da veia cava inferior

Para aprender mais sobre os vasos da parede abdominal, mergulhe nos materiais de estudo do Kenhub.

Estômago

O estômago é vascularizado por ramos do tronco celíaco, que incluem as artérias gástricas direita, esquerda, curtas e posteriores e as artérias gastro-epiplóicas direita e esquerda. O sangue venoso é drenado pelas veias gástricas direita, esquerda e curtas, pré-pilóricas e gastro-epiplóicas direita e esquerda. Todas elas se esvaziam para o sistema da veia porta hepática.

Aprenda mais sobre a vascularização do estômago com os recursos abaixo.

Intestinos delgado e grosso

Os intestinos têm um fornecimento sanguíneo muito rico.  De uma forma simplificada, eles são vascularizados e drenados por ramos de três vasos principais: tronco celíaco e vasos mesentéricos superior e inferior. De seguida, vamos abordar este tema mais detalhadamente.

Os vasos do intestino delgado estão agrupados de acordo com o segmento que fornecem: 

  • O duodeno é vascularizado pelas artérias pancreaticoduodenais superior e inferior, que são ramos das artérias gastroduodenal e mesentérica superior, respetivamente. A drenagem venosa ocorre via veias pré-pilórica, pancreaticoduodenais superior e inferior, que drenam para a veia mesentérica superior e depois para a veia porta hepática.
  • O jejuno e o íleo são vascularizados pelas artérias jejunais e ileais e drenados pelas veias correspondentes, as veias jejunais e ileais (tributárias da veia mesentérica superior).

A abordagem segmentada também se aplica à vascularização do intestino grosso:

  • O ceco é vascularizado pela artéria ileocólica e drenado pela veia ileocólica. 
  • O cólon ascendente é vascularizado pelas artérias ileocólica e cólica direita (ambas ramos da artéria mesentérica superior), e é drenado pelas veias correspondentes, as veias ileocólica e cólica direita. 
  • O cólon transverso é vascularizado pela artéria cólica média (⅔ proximais) e pela artéria cólica esquerda (⅓ distal). Ele é drenado pelas veias equivalentes que drenam para  a veia mesentérica superior e inferior, respetivamente. 
  • O cólon transverso e o cólon sigmoide são vascularizados pelas artérias cólica esquerda e sigmóide, ramos da artéria mesentérica inferior. O sangue venoso é drenado pelas veias do mesmo nome que drenam para a veia mesentérica inferior. 
  • O reto e o canal anal recebem sangue arterial das artérias retais superior, média e inferior. O sangue venoso é drenado através das veias retais superior, média e inferior.

Que bom que é ter todos os vasos do intestino explicados num só lugar, em vez de ter de folhear infinitamente as páginas do seu livro à procura da informação. Foi por isso que criamos materiais sobre este tema importante.

Peritônio

Como você sabe, o peritônio pode ser dividido em peritônio visceral e peritônio parietal. O peritônio parietal é vascularizado por vasos das paredes abdominais. O peritônio visceral é vascularizado pelas vísceras associadas. Como nós sabemos que os órgãos intraperitoneais são o fígado, o baço, o estômago, a parte superior do duodeno, o jejuno, o íleo, o cólon transverso, o cólon sigmóide e a parte superior do reto, podemos deduzir quais os vasos que vascularizam as formações peritoneais adjacentes.

Quando já tiver estudado a anatomia do peritônio e dos órgãos intraperitoneais, você irá dominar também a vascularização do peritônio. Por isso, nós recomendamos que comece o seu estudo com os materiais em baixo.

Fígado e vesícula biliar

Vejamos agora quais as estruturas responsáveis pelo fornecimento sanguíneo do fígado, o nosso centro de desintoxicação. O tecido do fígado é vascularizado pela artéria hepática, um ramo do tronco celíaco. Curiosamente, o sangue fornecido pela artéria hepática só representa um quarto do volume sanguíneo total recebido pelo fígado. Os outros três quartos do sangue que chega ao fígado provêm da veia porta hepática. O sangue venoso é drenado pelas veias hepáticas, que por sua vez drenam na veia cava inferior.

O sistema biliar, que consiste nos ductos biliares intra e extra-hepáticos e na vesícula biliar é vascularizado por vários vasos:

  • Os ductos biliares intra-hepáticos são vascularizados por ramos da artéria hepática e drenados pelas veias hepáticas. 
  • O ducto colédoco é vascularizado pelas artérias cística, hepática direita, pancreaticoduodenal superior e gastroduodenal. As veias hepáticas e a veia pancreaticoduodenal superior são responsáveis pela drenagem venosa do ducto colédoco.
  • A vesícula biliar é vascularizada pela artéria cística e drenada pela veia cística. 

Pâncreas

O vascularização do pâncreas é feita pelos ramos pancreáticos das artérias esplênica, gastroduodenal e mesentérica superior.

A artéria esplênica origina vários ramos pancreáticos que vascularizam o corpo e a cauda do pâncreas. A artéria gastroduodenal origina a artéria pancreaticoduodenal superior, enquanto a artéria mesentérica superior origina a pancreaticoduodenal inferior; estas duas artérias são responsáveis pelo fornecimento de sangue arterial à cabeça do pâncreas. O pâncreas é drenado pelas veias pancreática e pancreaticoduodenais, que se esvaziam nas veias esplênica, mesentérica superior e porta hepática.

Rins

Os rins são vascularizados pelas artérias renais, que são ramos bilaterais da aorta abdominal. A drenagem venosa é feita pelas veias renais, tributárias da veia cava inferior.


Você provavelmente está se questionando “E as artérias segmentares e interlobares?”. Nós cobrimos todos esses assuntos em detalhe nos recursos sobre a vascularização renal em baixo.

Órgãos reprodutores

Os órgãos reprodutores são vascularizados, em ambos os sexos, por ramos dos vasos gonadais (testiculares ou ovarianos) e ilíacos internos.

Vascularização da pelve masculina - um diagrama

Em seguida apresentamos os fatos mais importantes sobre o fornecimento sanguíneo da pelve masculina:

  • O ducto deferente é vascularizado pela artéria vesical superior e drenado pela veia testicular. 
  • As glândulas seminais são vascularizadas pelas artérias vesicais inferiores e retais médias e drenadas pelas veias retais médias. 
  • A próstata é vascularizada pelas artérias vesicais inferiores, pudendas internas e retais médias. Ela é drenada pelo plexo venoso prostático que drena para a veia ilíaca interna. 
  • Os testículos são vascularizados pelas artérias testiculares, e drenados pelo plexo venoso pampiniforme. As veias testiculares emergem do plexo, sendo que a veia testicular direita drena para a VCI e a esquerda drena para a veia renal esquerda. 
  • O pénis é vascularizado por ramos das artérias pudendas interna e externa, enquanto a drenagem venosa é efetuada pela veia dorsal profunda do pénis, uma tributária da veia pudenda interna.
Vascularização da pelve feminina - um diagrama

Há vários fatos sobre a vascularização da pelve feminina que não se pode esquecer:

  • Os ovários são vascularizados pelas artérias ovarianas e drenados pelo plexo venoso pampiniforme, que drena para as veias ovarianas. Repare que a veia ovariana direita drena para a VCI, enquanto a esquerda drena para a veia renal esquerda. 
  • O útero é vascularizado pelas artérias uterinas e drenado pelas veias uterinas. 
  • A vagina é vascularizada pelas artérias uterina, vaginal e pudenda interna e drenada pelo plexo venoso vaginal.

Você está pensando ‘O que é que eu acabei de ler?’. Nós sabemos que a vascularização dos órgãos reprodutores pode ser um assunto desafiante para os alunos de anatomia, por isso é que nós criamos uns materiais de estudo mais “fáceis de digerir” que cobrem este tema na totalidade.

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Kim Bengochea Kim Bengochea, Universidade de Regis, Denver
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